10 roteiros que provam o quanto Minas Gerais é linda e diversa

Foto: reprodução/Santa Teresa Tem.

 

Em 2020, Minas Geais completou 300 anos de história. Foi graças ao trabalho dos bandeirantes, que saíram em meio aos vales e montanhas atrás de ouro e pedras preciosas que o estado foi se consolidando. No meio destas expedições, os bandeirantes acabaram contribuindo para a descoberta e a construção de novas riquezas de valor inestimável

Essas andanças acabaram resultando em trilhas, que viraram estradas e constituíram vilas. E com o passar o tempo, os assentamentos, pequenos comparados ao que então existia no Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, foi crescendo com o fomento dos tesouros debaixo da terra mineira e consolidou no que hoje conhecemos.
Do Norte ao Sul, do Triângulo à Zona da Mata, Minas Gerais são muitas, porém ricas de cultura e diversidade. É como diz a música, “quem te conhece não esquece jamais”. Afinal, como esquecer o Belo Horizonte no qual o sol nasce e põe todos os dias.

E para provar que essa letra está certa, separamos os 10 melhores roteiros para serem feitos em Minas Gerais. Essas opções criam uma conexão entre natureza, cidade grande, aventura , gastronomia, religião, cultura e até mesmo sossego. Porque em Minas, seja o que for sua vontade, você pode encontrar. Exceto praia!

1. Ouro Preto

A igreja de São Francisco, em Ouro Preto é um dos principais pontos turísticos da cidade (foto: arquivo Prefeitura de Ouro Preto).

Vamos começar pela primeira capital de Minas Gerais, Ouro Preto foi a sede do poder administrativo do estado entre 1823, quanto o Brasil tornou-se independente, e 1897, quando Belo Horizonte foi fundada. A estadia na cidade tem diversas opções de lazer, que vão deste aos roteiros históricos que contam da Inconfidência Mineira com Tiradentes, até a história da construção das dezenas de igrejas barrocas ali abrigadas e que esbarram na vida de Aleijadinho, o que inclui sua primeira obra.

Mas se a intenção não for observar os completos afrescos barrocos ou passear pelas ladeiras histórias , os visitantes podem concentrar na incrível vida noturna. A cidade é repleta de bares, restaurantes e hospedagens incríveis que podem fazer a diferença tanto de quem procura agitação quanto sossego. Uma dica é visitar a famosa Rua Direita, logo no Centro Histórico. Acima disto, a cidade é famosa por seu carnaval de rua, enriquecido pelas republicas estudantis e pelos famosos blocos carnavalescos, como o Bloco do Caixão. Além disso, a festa é cheia de festivais culturais e ainda vale a pena participar da Festa do 12, próximo ao feriado de 12 de outubro.

E se a intenção se embrenhar no mato, Ouro Preto também é a cidade ideal. De clima frio e enriquecida por seus vales, a cidade possui vastas opões de cachoeiras, trilhas, roteiros ecológicos e ainda opções de esportes radicais. AS agências de turismo local oferecem pacotes diferentes e podem ser contratados na própria cidade. Ainda em Ouro Preto, uma boa dica é conhecer o distrito Lavras Novas, há 40 minutos da cidade. A região é um tesouro natural.

2. Estrada Real

O mapa da Estrada Real original (foto: reprodução).

Criada no século XVIII, pela Coroa Portuguesa para transportar ouro e diamante de Minas Gerais até os portos do Rio de Janeiro, a Estrada Real acabou tornando-se uma referência no turismo de Minas Gerais. São mais de 1400 km de extensão, passando pelos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Nesse trajeto, além do privilégio de conhecer cidades históricas como Diamantina, Mariana, Barão de Cocais e Santa Bárbara, a estrada ainda esconde tesouros naturais incríveis.

Oficialmente, são quatro caminhos diferentes que acabam convergindo algumas cidades. O mais longo dele parte de Diamantina e termina em Paraty (RJ). Caso o viajante escolha sair de Diamantina, a viagem começa numa das cidades mais culturais de Minas, abençoada pelo sol e com um centro histórico de dar inveja. Ao longo dos caminhos, é possível passar por locais históricos como a casa de Tiradentes, a casa de Chica da Silva, a mina do Chico Rei, o teatro municipal de Sabará e Paróquia Nossa Senhora do Bom Sucesso, em Caeté.

Segundo o site da Estrada Real, são quatro meios recomendados para percorrer o trajeto desde Diamantina até o Rio de Janeiro. O mais cômodo deles é com carro; uma viagem que pode variar na quantidade de dias de acordo com a vontade do viajante de parar para conhecer as cidades, mas pode ser feita em até seis dias. O mesmo vale para a segunda opção de passeio, o de moto. Já o passeio de bicicleta, pode demorar um pouco mais, cerca de 28 dias. Por fim, ainda é possível percorrê-la a pé, mas é bom malhar a perna porque essa opção dura mais de 120 dias.

3. Capitólio
Ok, já falamos que não dá para curtir uma praia em Minas Gerias porque o estado não chega ao litoral. Porém, para que curtir o mar se podemos visitar o maior cânion navegável do mundo e ainda se aventurar em cachoeiras encantadoras, passeios de barcos e jet ski, nadar num lago gigante e ainda conhecer uma usina hidrelétrica? Essas são algumas das opções que o viajante pode encontrar na famosa e rica Capitólio.

Capitólio fica localizada na região da Serra da Canastra e é um dos principais pontos do ecoturismo de Minas Gerais. O Lago de Furnas e o Morro do Chapéu são algumas das atrações que conquistam os privilegiados visitantes. São nessas terras também que encontram-se a Usina Hidrelétrica de Furnas, responsável pela produção de energia de boa parte da região.

Além disto, o Cânion de Capitólio é uma deliciosa e refrescante opção de lazer. Com opções de passeios de barcos, hotéis luxuosos e festas categóricas. Sobretudo, quem quiser imergir ainda mais na natureza, a região contempla ainda as belezas naturais da cidade de Carrancas, Carmo do Rio Claro, Piumhi, Guapé e até mesmo Furnas.

4. São João Del Rey e Tiradentes

Um dos festivais gastronômicos de Tiradentes (foto Bruno Senna).

Essa dupla de cidades, assim como Ouro Preto, guardam uma boa parte da história de Minas Gerais. Com muito charme, Tiradentes e São João Del Rey são cidades vizinhas, de fácil acesso para transitar entre elas e cheias de cultura e boa gastronomia. Essas duas joias da Rota do Ouro mineira também escondem maravilhas naturais como cachoeiras e trilhas e muita aventura natural.

São João Del Rey é a maior delas. São cerca de 90 mil habitantes. A cidade ainda tem um pouco do Brasil colonial, como quando os sinos das igrejas badalam para de hora em, hora ou para anunciar as missas. Além disso, as igrejas são monumentais, um verdadeiro tesouro barroco. E quem estiver por lá, não pode deixar de fazer o passeio da Maria Fumaça, que inicia às 10h.

Já Tiradentes, e seus 7 mil habitantes, é um pouco mais acolhedora. Apesar de ser menor, A cidadezinha é um portal pára festivais culturais, gastronômicos e acesso para uma boa parte da história de Minas Gerais. A estadia tem opções de lazer variadas que vão desde um momento para compras, passando pelos passeios em igrejas históricas, Agências de turismo local podem oferecer opções de passeios e trilhas nas redondezas para completar o roteiro. Estar em Tiradentes é uma experiência do início ao fim.

5. Inhotim

Gravação de um DVD de Fernanda Takai em Inhotim (foto: divulgação).

Visitar Belo Horizonte e não tirar um dia para conhecer Inhotim é quase um pecado! A capital mineira é uma via de acesso para esse incrível oásis no meio da Região Metropolitana, localizado em Brumadinho. Considerado o maior museu a céu aberto do mundo, Inhotim é um espaço relaxante e que permite uma imersão cultural e ecológica.

Localizado há menos de 60 km do Centro de Belo Horizonte, o Inhotim pode ser acessado de ônibus. A empresa Saritur faz o trajeto de ida e volta por R$ 60 (preço de 2020), com numerosas saídas diárias da rodoviária da capital. Claro que o local é possível de ser visitado de carro. O espaço funciona regularmente de terça a domingo, com horários variados para cada serviço. Em dias de shows, festivais e eventos especiais ele segue o horário de agenda evento. O valor do ingresso varia entre R$ 22 e R$ 44, de acordo com o dia de visitação (preços de 2020). Para ter certeza, é melhor consultar o site. As quartas-feiras, a entrada é gratuita.

Estando lá, são muitas opções do que fazer. O acervo contempla jardins incríveis, esculturas gigantes, espaço adaptados para fazer fotos, obras de arte itinerantes, lagos e até mesmo uma piscina. Inhotim também é reservado para festivais, festas, shows e eventos. Caso o interesse da visita seja uma eventualidade, a programação é específica e precisa ser consultada com o evento. Aliás, Ilhotim não é um lugar para ser visitado apenas uma vez na vida porque as instalações variam com o passar do tempo.

6. Vale do Jequitinhonha
Talvez o Vale do Jequitinhonha seja o roteiro mais perfeito para mochileiros, em Minas Gerais. A região contempla cerca de 50 cidades do Norte e Nordeste de Minas Gerais e é banhada pelo rio Jequitinhonha, o que dá nome ao Vale. Quem visita o local vai se surpreender com as paisagens sertanejas, misturadas com a vegetação do cerrado, que lembram o sertão da Bahia.

São incontáveis opções de lazer. Todas ligadas a natureza e também a cultura barroca de Minas Gerais. Cada cidade carrega sua própria beleza. Sejam cachoeiras, trilhas, grutas, rotas ecológicas, lagos, margens de rios para banhos e ainda a tradicional e boa culinária mineira raiz, com ingredientes cultivados pela própria comunidade local.

Algumas das cidades são destaques. Como Almenara e suas regiões rurais que reservam paisagens diferentes do sertão mineiro e as ruínas das antigas fazendas coloniais, como a Fazenda dos Currais. Também temos São Gonçalo do Rio Preto, com o Parque Estadual do Rio Preto, um local com diversidade de cachoeiras e desenhos rupestres. Também nessa região está Diamantina, um tesouro que já falamos neste post.

7. O Paraíso Perdido
Como o nome já diz, Paraíso Perdido é um dos lugares de Minas Gerais que faz com que você se sinta em meio a um verdadeiro paraíso. Localizado em São João Batista da Glória, cidade do Sul de Minas, quase na divisa com o estado de São Paulo, a região é um verdade mergulho na natureza, afastado da civilização e do tumulto da cidade.

As límpidas águas da região, aliadas aos surpreendentes cânions locais, compõem a paisagem de um visual mágico e absolutamente encantador, que faz com que o visitante se sinta dentro de um sonho.

Para conhecer todas as belezas do Paraíso Perdido, você pode ficar em uma área de camping ou em alguma das pousadas da região. Se for um passeio bate e volta, fique tranquilo, porque o lugar tem lanchonetes e restaurantes, banheiros com chuveiros e churrasqueiras debaixo de árvores.

8. Travessia Lapinha – Tabuleiro
Caso você queira a maior aventura que Minas Gerais pode oferecer, reserve ao menos três dias para fazer a travessia entre a Serra da Lapinha e a Serra do Tabuleiro. Trata-se de uma trilha de 40km que passa por paisagens cinematográficas. Essa experiência é exaustiva, até porque não é confortável por ser totalmente imersa na natureza e afastada da civilização, com paradas em locais para acampamentos, banhos em bacias naturais e muita vida selvagem.

O início do roteiro começa na Vila da Lapinha da Serra, localizada no município de Santana do Riacho, cerca de 140 km ao norte de Belo Horizonte. O final na Vila do Tabuleiro, localizada no município de Conceição do Mato Dentro, cerca de 170 km da capital mineira, com direito de banho na cachoeira do Tabuleiro, uma das mais famosas do Brasil. Já a volta, pode ser de ônibus, para facilitar a vida dos aventureiros, apesar de que há quem retorne pela trilha também. Quem estiver no meio do caminho e precisar de um ponto de apoio, pode procurar a Casa da Dona Maria e do Seu Zé, pelo telefone (31) 99652-9156 (vivo). Eles oferecem estadia e comida por preço acessível.

O trajeto é realmente isolado. Por exemplo, não há banheiros e é preciso fazer as necessidades no mato. Outra boa dica é quanto o período de visitação. A melhor época para visitar é entre junho e agosto por conta das condições climáticas. Reze para não chover, porque se acontecer, não tem para onde correr e o caminho fica ainda mais complicado. Além disto, é bom fazer o passeio com um guia, apesar de que a maioria dos grupos acaba indo sozinho mesmo. Isso porque as trilhas não são bem sinalizadas e não funciona GPS.

9. Caparaó
O ponto mais alto de Minas Gerais, e o terceiro Brasil, o Pico da Bandeira, fica em Alto Caparaó, cidade da Zona da Mata, próxima a Manhuaçu. Por conta da fama deste pico, e também das belezas naturais rodadas a ele, a região acabou tornando-se muito turística e contempla hotéis luxuosos e ainda muitas opções de lazer em meio a natureza.

Quem estiver por lá, não pode deixar de conhecer o Vale Verde, região oferece várias cachoeiras, piscinas naturais rodeadas pela Mata Atlântica, e uma trilha de 500 metros de leva à Gruta do Jacú. A cachoeira Bonita também é imperdível, Ela está em uma altitude de 1.750 metros, e como o próprio nome diz, 80 metros de queda dessa cachoeira surpreendem ao formar um lago que faz parte do rio José Pedro.

Mas quem estiver passando pela região não pode deixar de estar no Vale Encantado. Ele fica a 300 metros da Tronqueira e possui belíssimas cachoeiras e piscinas naturais e está localizado a 1.980 metros e altitude. O grand finale é o topo do Pico da Bandeira. Com uma altitude de 2.890 metros, a vista do pico é uma das mais incríveis do Brasil. O vento forte do local lava a alma e confirma uma experiência única.

10. Belo Horizonte, capital dos bares

Em BH, a gastronomia sempre esta em alta (foto: divulgação).

As belezas de Minas Gerais são tantas que fica até difícil de escolher apenas 10. Mas já que é essa é a missão, vamos fechar com a capital do estado, Belo Horizonte. BH é uma cidade incrível e aconchegante, com mais de 2,5 milhões de habitantes, a boemia da cidade é referência mundial. Estar em BH é um convite para conhecer de perto diversão uma das melhores (se não a melhor) vida noturna do país. Afinal, não é a toa que a cidade é chamada de capital dos bares.

O roteiro gastronômico de estabelecimentos de Belo Horizonte é diverso e contempla qualquer tipo de público. O viajante consegue tomar uma cerveja sentado num bar do Centro por R$ 5, assim como pode tomar a mesma cerveja por R$ 15 em um ambiente mas requintado. Para escolher bem o seu bar é melhor pesquisar bastante. São mais de 12 mil. Aliás, esse negócio de bar é ultrapassado demais pra Belo Horizonte. O termo mesmo é boteco.

Cada região da cidade é preparada para receber o público de uma forma típica. Na rua Alberto Cintra, os bares adentram a calçada. Já na região do Barreiro e do Coração Eucarístico, as pessoas aglomeram na rua mesmo. A alta gastronomia é reservada para a região da Pampulha e o Sul da cidade. É por lá que as cervejas custam R$ 15. E, acima de tudo, temos o bairro Santa Tereza, que é uma mistura de tudo que existe em Belo Horizonte. Seja qual for seu tipo de ambiente, você encontra lá.

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