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12 de setembro de 2016Um novo projeto de modernização da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), tem dado o que falar entre os moradores das cidades que a integram. Trata-se do Plano Diretor de Desenvolvimento que prevê uma série de mudanças inacreditáveis no transporte público da região, para até o ano de 2050.
É inacreditável mesmo, considerando a atual situação do sistema. Tudo começa por uma linha de metrô que ligaria a cidade de Nova Lima ao Aeroporto de Confins e a Betim a Sabará. Outra novidade seria a revitalização e reimplantação do trem de passageiros que passaria a ter dois destinos. E no final ainda teria o Rodoanel, que ligaria as 34 cidades da RMB.
O documento, já aprovado pelo Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano, serve para nortear decisões do Estado e dos municípios. É dele que sairão as principais diretrizes para a construção do Plano de Mobilidade da Região Metropolitana, atualmente em licitação pelo governo do Estado, que irá atualizar e detalhar os projetos elaborados anteriormente e apontar o que realmente deve ser feito.
A verdade é que 2050 está muito distante e fazer planos para tanto tempo é um pouco complicado. Em 34 anos muita coisa pode mudar em vários contextos e tais mudanças poderiam ser inúteis ou atrasadas. Nos últimos 34 anos a cidade praticamente dobrou sua população. O salto foi gigantesco: de 1,2 milhões de habitantes, em 1980, para 2,5 milhões, em 2014.
E se este aumento tornar acontecer? Será que as mudanças serão suficientes para comportar a quantidade de pessoas? E se, por outro lado, uma catástrofe mundial ocorrer e a população mundial for reduzida pela metade? Qual seria a utilidade destas mudanças em 2050?
Fato é que melhorias e comodidade são sempre bem vindas, mas, por outro lado, planejar obras que são indispensáveis no atual contexto é duvidoso. Questiona-se também sobre o aproveitamento dos recursos financeiros que devem ser direcionados as obras. Se os planos mudarem e um novo projeto ter que ser apresentado, o dinheiro já investido tornaria-se um esperdício.