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A nova era da construção civil: menos pessoas, mais produtividade

O mundo entrou de vez na era da inteligência artificial, também conhecida como IA. Há uma quantidade cada vez maior de ferramentas disponíveis para uso público através da internet. Ao mesmo tempo em consegue gerar um encantamento nas pessoas, também promove um certo pânico. Muitas atividades econômicas estão, sim, risco de ir à extinção.

Talvez esse cenário apocalíptico seja novidade para muitos profissionais que passaram a enxergar um futuro obscuro para suas funções, mas é uma realidade não tão nova assim para a construção civil. Já faz alguns anos que o setor vive uma tendência sem mudança de curso: as equipes estão cada vez mais enxutas, mas, paradoxalmente, nunca os escritórios de engenharia produziram tanto. Culpa de quem?

Nosso setor não lida exatamente com uma inteligência artificial que oferece respostas prontas para tudo, porém, exige um nível de resposta cada vez mais rápido, minucioso e eficiente. Além disso, é um setor altamente tecnológico, que incorpora com bastante facilidade inovações que tornam a construção civil ainda mais ágil. Fazendo a analogia com a IA, o ChatGPT de todos os profissionais da área responde pela sigla BIM.

No entanto, não seria correto dar ao BIM uma má índole de ferramenta substituta de mão-de-obra humana. Ele não faz este papel. A revolução da plataforma consiste na verdade em transformar a maneira como se enxergava antes a construção civil. Por isso, para operá-lo, é necessário uma qualificação superior àquele panorama que se tinha antes entre os profissionais.

Além disso, hoje há uma equipe que trabalha de forma integrada dentro da ferramenta. Isto significa que uma obra não é mais um amontoado de profissionais independentes, cada qual se responsabilizando apenas pelo seu lado, mas uma união de pessoas capacitadas para, juntas, oferecerem soluções mais assertivas possíveis.

Não por acaso, um estudo desenvolvido pela Softplan, uma empresa de tecnologia da informação, por meio de uma plataforma amplamente usada por empresas da construção civil, observou que a transformação digital elevou a produtividade das companhias do setor em 60%, e, ao mesmo tempo, reduziu as equipes em 30%. O resultado disso é que as empresas que utilizam o recurso conseguem concluir os empreendimentos pela metade do tempo do que gastam outras empreiteiras, e a um custo 34% menor.

Há hoje uma ‘corrida do ouro’ por tecnologias que potencializam o tempo e o custo dos empreendimentos. Isso gera, de fato, um impacto na quantidade de vagas oferecidas no mercado, mas os profissionais que dominam as ferramentas disponíveis, e que se mostram capacitados a oferecer alta produtividade pelo uso dessas tecnologias seguem com as portas abertas no setor.

Da mesma forma como muitos trabalhadores sobreviveram à Revolução Industrial e trouxeram inovações, talvez estejamos diante de uma grande onda de transformação. É um filtro pelo qual todo trabalhador inevitavelmente terá de passar. Seu poder de resposta é que vai dizer se irão sobreviver ou não. Mas, infelizmente, já não há mais lugar para quem quer um trabalho sem saber produzir.

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