Em Minas

Azeites da Serra da Mantiqueira conquistam medalhas em concurso internacional

Os azeites de oliva extravirgens brasileiros seguem como destaque em premiações internacionais. Os resultados do Brazil International Olive Oil Competition 2021, concurso que reuniu produtos de países da América Sul, da América do Norte e da Europa, comprovam este fato. A lista de medalhistas traz azeites produzidos nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul.

Os mineiros premiados são das marcas Vertentes, de Andrelândia, e Olivais Gamarra, de Baependi. O Azeite Vertentes consta no top 10 do concurso e conquistou medalha de ouro, já o Azeite Gamarra Arbequina Koroneiki conquistou a medalha de prata. Os produtos da Serra da Mantiqueira, já há alguns anos, têm conquistado paladares e despertado o interesse dos consumidores pelo frescor, sabor e notas específicas.O cultivo de oliveiras na região vem sendo estudado pela Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) desde a década de 1970. Em 2008, ela foi responsável pela extração pioneira de azeite extravirgem no Brasil.

As pesquisas abrangem todo o processo produtivo, desde a escolha das mudas até a obtenção do azeite e a avaliação dos padrões sensoriais. “A Epamig desenvolve trabalhos que buscam garantir qualidade ao insumo principal na hora de se implantar o olival, que são as mudas. A empresa também desenvolve pesquisas que ajudam na obtenção, ao final do ciclo, de um produto de excelência, que contempla tratos culturais, como poda e adubação; controle fitossanitário; extração e análises laboratoriais”, destaca o coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Epamig, Luiz Fernando de Oliveira.

Exigências climáticas
A oliveira é uma planta exigente em períodos de frio, por isso, o cultivo é restrito a regiões que possuem microclimas favoráveis. “Encontramos essas condições nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, na região Sul, em áreas serranas do Sudeste, com destaque para a Serra da Mantiqueira, entre Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Temos a região Serrana do Espírito Santo, que começou a produzir também”, aponta o coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Epamig, Luiz Fernando de Oliveira.

“Além destas, acredito que vamos encontrar microclimas espalhados por outras regiões do país, no Centro-Oeste, por exemplo, que talvez possam atingir o frio necessário para a oliveira crescer e frutificar. Estamos desenvolvendo estudos para confirmar essa viabilidade no município de Diamantina (MG), que tem altitude e frio suficiente, e temos o exemplo da Chapada Diamantina na Bahia, que teve um olivicultor já produzindo nesta safra”, complementa.

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