Bloco Angola Janga completa cinco anos com lançamento de livro em 2021

Foto: Mayara Laila

 

Em 2020, o bloco Afro Angola Janga, de Belo Horizonte, completa cinco anos. Para celebrar essa trajetória dedicada ao empoderamento negro por meio de suas práticas e repertórios, o grupo lança em janeiro de 2021 o CD-livro “Agbara do Angola Janga: Memória, Cultura e Educação”, pela Crivo Editorial.

A publicação, organizada por Nayara Garófalo – cofundadora do bloco – aborda questões referentes à temática étnico-racial e vem acompanhada de um CD com dez faixas autorais compostas por integrantes do bloco. O livro apresenta as letras das canções e temas referentes às africanidades e negritudes brasileiras.

Traz também temas de cortejos anteriores e simbologias utilizadas pelo bloco Afro, além de orientações pedagógicas para auxiliar o educador na aplicação da Lei n° 10.639/03, que estabelece a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas. “O projeto contou com um processo de dois anos que envolvia nossos três pilares: memória, educação e cultura. Foram oferecidas 24 oficinas de musicalização gratuitas, a própria gravação do CD, com o registro da memória e da criação artística dos nossos integrantes, a captação audiovisual do processo de preparação para o CD-Livro e para o Carnaval e a escrita coletiva do livro. É mais uma das nossas contribuições para a aplicação de políticas de igualdade racial efetivas na sociedade e, neste caso, especificamente nas escolas”, comenta a cofundadora do bloco, Nayara Garófalo.

O projeto foi realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, e toda a tiragem será destinada para Escolas Municipais e Bibliotecas Públicas da capital mineira. “Vamos produzir também material audiovisual. A ideia é utilizar imagens do processo de construção do livro e do CD. São ferramentas que desejamos que cheguem até os professores a fim de que eles possam ter mais um elemento para desenvolver suas aulas alinhadas à valorização da cultura e da história afro-brasileiras”, complementa Natalha Abreu, produtora do projeto.