Cantora Lua Zanella homenageia folclore brasileiro em clipe

Foto: divulgação/assessoria de imprensa

 

A cantora e compositora Lua Zanella, mulher trans belorizontina, lançou o videoclipe da faixa “IARA”’, de seu EP de debut, Dama de Paus, lançado no dia 14 de junho. No clipe, figuras folclóricas dançam em comemoração ao Dia Internacional do Orgulho LGBT, comemorado na data de lançamento do vídeo. Lua Zanella é uma artista representante da cena da música pop LGBTQIA+ de Belo Horizonte.

Mulher trans, que coloca suas vivências nas composições, sem deixar de lado o objetivo principal da arte e de sua música que é de divertir o público e fazê-lo dançar. “É a arte que se manifesta como a principal maneira de nos fazer espairecer e divertir”, afirma a cantora. Na canção, figuras folclóricas como Cuca, o Saci Pererê, o Boto cor-de-rosa e a Matinta Pereira recebem uma homenagem cercada de elementos estéticos urbanos e da cultura drag.

Lua Zanella encarna a “Mula sem cabeça versão travesti” reunindo características da música ao universo folclórico, que já é conhecido por sua diversidade, riqueza de elementos culturais, etnias e identidades. Em “IARA”, Zanella traz a estética do trap para o pop, mesclando os estilos e produzindo um som potente e melódico.

O trap, um sub-gênero do rap, se caracteriza por melodias desalinhadas e uso de sintetizadores, além de pautas políticas e sociais em suas letras. O trap de “IARA” representa uma crítica ao patriarcado e a celebração do corpo travesti. Produzido com o apoio da Lei Aldir Blanc, através de edital da SECULT – Secretaria do Estado de Cultura e Turismo, a produção e direção do videoclipe foi assinada pela Almanaque, duo criativo composto por Guilherme Jardim e Samuel Fávero.

Em Dama de Paus, primeiro EP de Lua Zanella traz participações de Paige, na faixa Rainha da Praça 7, além de Della Vitti e InMorais. O álbum aborda as vivências da artista, que canta sobre o corpo trans, a liberdade sexual, a força do folclore e a cidade de BH. “As músicas têm sonoridades diferentes entre si, porém costuradas com a mesma premissa: a mulher que eu era, a mulher que eu sou, e todas as possibilidades da mulher que eu ainda posso ser”, comenta Lua. Dama de Paus encontra-se disponível nas plataformas digitais de streaming.

Travesti, preta e graduanda de Cinema e Audiovisual, Lua cresceu em Contagem e lançou seu primeiro trabalho solo em 2019, com a música Popotchão. A artista busca levar divertimento ao público, ao mesmo tempo que retrata suas vivências travestis e discussões políticas acerca do corpo, da heteronormatividade, dentre outros assuntos.

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