Em BH

Casa Fiat de Cultura enriquece calendário de exposição com atividades especiais

Um verdadeiro encontro entre o utópico mundo do modernismo e o universo experienciado por quem vive Minas, promovendo um novo olhar sobre a arte brasileira. Esta é a proposta da exposição “ARTE BRASILEIRA: a coleção do MAP na Casa Fiat de Cultura”. Realizada através da parceria entre a Casa Fiat de Cultura e a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Fundação Municipal de Cultura, a mostra reúne a relevante coleção do Museu de Arte da Pampulha (MAP). São exibidas cerca de 200 obras – a maior montagem já feita fora do MAP – que atravessam a arte brasileira entre os séculos XX e XXI para reafirmar a importância de um acervo que passa pelos principais movimentos da arte contemporânea brasileira, com artistas e ações que reverberam para além do país. A curadoria é de Marcelo Campos, curador do Museu de Arte do Rio (MAR) e um dos mais atuantes na cena nacional, e de Priscila Freire, ex-diretora do MAP, cuja atuação é pioneira à frente dos museus do Brasil. A mostra ficará em cartaz até 4 de fevereiro de 2024. Toda a programação é gratuita.

No dia 21 de novembro, às 19h30, a Casa Fiat de Cultura realiza um bate-papo presencial com os curadores Marcelo Campos e Priscila Freire. Eles vão contar detalhes do recorte curatorial da mostra, escolha das obras e importância do acervo para a arte contemporânea no Brasil. Inscrição gratuita na Sympla: bit.ly/BatePapoCuradoresArteBrasileira. 

No dia 25 de novembro, das 9h às 13h, o Passeio pela História de novembro oferece ao público uma oportunidade única de transitar pela memória de Belo Horizonte, apreciar alguns dos projetos arquitetônicos mais conhecidos da cidade e curtir um piquenique, compartilhando momentos de alegria e imersão no patrimônio artístico e cultural da capital mineira. 

O percurso terá início na Casa Fiat de Cultura na exposição “ARTE BRASILEIRA: a coleção do MAP na Casa Fiat de Cultura”, e continuará na Capela de Santana. Logo após, os participantes farão uma parada no hall de entrada da instituição, onde poderão conhecer melhor o painel “Civilização Mineira”, de Candido Portinari. Em seguida, o grupo partirá em excursão para a orla da Lagoa da Pampulha, onde poderá apreciar a beleza das edificações que compõem o conjunto modernista assinado por Oscar Niemeyer e vivenciar momentos descontraídos em um piquenique na Pampulha. O transporte gratuito será feito de ônibus para os inscritos, saindo e retornando da Casa Fiat de Cultura. Inscreva-se gratuitamente pela Sympla.

A partir da perspectiva da representatividade afrodescendente presente na exposição, o tema do Encontros com o Patrimônio celebra o mês da Consciência Negra. No dia 26 de novembro, das 11h às 12h30, será feita uma abordagem histórico-patrimonial de importantes obras que revelam seus artistas e colocam em discussão a memória, a presença e os aspectos culturais relativos a uma parcela da população que teve, historicamente, sua visibilidade e reconhecimento negados. 

Lorraine Mendes, graduada em Artes e Design e mestre em história pela Universidade Federal de Juiz de Fora e doutoranda em História e Crítica da Arte no Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), trará uma análise dessa temática a partir do acervo em exposição, dentro de um recorte específico. A atividade é presencial e também terá transmissão ao vivo nos canais da Casa Fiat de Cultura. Inscrições gratuitas pela Sympla.

Nos sábados, domingos e feriados, o público poderá participar de visitas temáticas, sempre oferecido em dois horários, às 11h e às 17h, com abordagens que percorrerão os vários núcleos da exposição. Sujeito à lotação.  Durante toda a mostra serão disponibilizadas, ainda, visitas mediadas para grupos, mediante agendamento. Dúvidas e solicitações devem ser enviadas no e-mail agendamento@stellantis.com.

Os curadores

Marcelo Campos

Marcelo Campos nasceu, vive e trabalha no Rio de Janeiro. É professor associado do Departamento de Teoria e História da Arte do Instituto de Artes da UERJ. É curador do Museu de Arte do Rio. Foi diretor da Casa França-Brasil entre 2016 e 2017. É professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage e membro dos conselhos do Museu do Paço Imperial (RJ) e do Museu Bispo do Rosário de Arte Contemporânea (RJ). É doutor em Artes Visuais pelo PPGAV da Escola de Belas Artes da UFRJ (2005). Desenvolveu tese de doutorado sobre o conceito de brasilidade na arte contemporânea. Possui textos publicados sobre arte brasileira em periódicos, livros e catálogos nacionais e internacionais. No livro “Escultura Contemporânea no Brasil: reflexões em dez percursos” (Salvador: Editora Caramurê, 2016), Campos revê suas análises e inclui parte significativa da produção moderna e contemporânea brasileira em um levantamento de mais de 90 artistas. Desde 2004, realiza curadoria de exposições em diversas instituições no Brasil.

Priscila Freire 

Priscila Freire nasceu e vive em Belo Horizonte. É graduada em Biblioteconomia pela Universidade Federal de Minas Gerais. É diplomada pela Sociedade Brasileira de Cultura Inglesa. Atualmente é a Presidente da Associação de Amigos do Museu Casa Guignard em Ouro Preto, e também é responsável, como curadora, pela Coleção Alberto e Priscila Freire. Ao longo de sua trajetória foi superintendente de Museus do Estado de MG, quando criou o Museu Guignard em Ouro Preto, Museu Alphonsus de Guimarães em Mariana, Museu Regional de Campanha e outros em Minas Gerais. Foi Coordenadora do Sistema Nacional de Museus em Brasília, que deu origem ao IBRAM. Foi diretora do Museu de Arte da Pampulha responsável na época pela restauração do prédio e a revitalização técnica do processo museológico. Integrou a assessoria da Diretoria Administrativa do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico – IEPHA/MG, para projetos especiais, além de fazer parte de várias instituições relacionadas à arte e à cultura. Em 1974 fundou o Teatro Escola da Cruz Vermelha Brasileira, filial MG onde foram produzidos 22 espetáculos experimentais entre clássicos e de vanguarda para adultos e crianças; com Hamir Hadad, cria um Núcleo Teatral na cidade de Ouro Preto, voltado para os operários de “Saramenha” com montagem da peça “As Confrarias” de Jorge Andrade. Em 2014 criou o Memorial Alberto e Priscila Freire e o Instituto Cultural Chácara Santa Eulália/ICSEU com programas de organização do acervo artístico e projetos de exposições da sua coleção de arte.”

Museu de Arte da Pampulha

O Museu de Arte da Pampulha (MAP) integra o Conjunto Moderno da Pampulha. Seu edifício foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, no início da década de 1940, para ser um cassino aberto ao público, em 1943. Com a proibição do jogo no Brasil em 1946, o prédio do Cassino esteve fechado por cerca de dez anos. O espaço foi posteriormente adaptado para ser sede do Museu de Arte. O museu foi inaugurado em 1957, reflexo da expansão urbana, populacional e cultural de Belo Horizonte. Como reconhecimento de sua importância para a identidade cultural do país, a edificação mereceu o tombamento nas três esferas: federal, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional/IPHAN (1994); estadual, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais/IEPHA-MG (1984) e municipal, pelo Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte/CDPCM/BH (1994). Em 2016 o Conjunto Moderno da Pampulha, do qual o MAP faz parte, foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO.

Hoje, o edifício sede do MAP se encontra em processo de restauro, mas atento à missão de oferecer ao público experiências reflexivas, simbólicas, afetivas e sensoriais no campo das Artes Visuais, por meio de suas ações museológicas e exposições que difundem seu acervo moderno e contemporâneo, em diálogo com sua arquitetura e sua paisagem.

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