Cemitério da Consolação recebe denúncias de “enxadinhas”

O vereador Jair Di Gregório (PP) ao lado do administrador do Cemitério da Consolação, André Funchi (foto: CMBH).

A ação dos chamados “enxadinhas”, que cobram para fazer a manutenção de túmulos, e o fornecimento de lanches por funerárias também foram constatados no Cemitério da Consolação, localizado no Bairro Jaqueline, Região de Venda Nova. Em visita, a Comissão de Administração Pública ainda encontrou depredações e falta de segurança na necrópole.

“Recebi denúncias sobre as ‘máfias’ que atuam de forma irregular nos cemitérios públicos da Capital”, declarou o vereador Jair Di Gregório (PP), que solicitou a série de visitas técnicas. Ele se refere às gangs dos “enxadinhas”, que cobram para cuidar de sepulturas e à dos lanches, que fornecem indevidamente alimentação nos velórios. Outras irregularidades também foram denunciadas como a oferta de planos funerários nos velórios e propostas para troca e venda de túmulos.

O administrador do Cemitério da Consolação, André Funchi, informou ao site da Câmara Municipal que por ser o menor dos cemitérios públicos da Capital o problema, “apesar de grave, é menor”. Segundo o administrador, a necrópole conta com rondas diárias da Guarda Municipal, o que não é suficiente para afastar usuários de drogas que utilizam o local. Também foram adotadas medidas administrativas que atenuam ações criminosas como, por exemplo, o estabelecimento de prazo para apresentação da guia paga para reserva de velório.

Privatização
O diretor de Planejamento, Gestão e Finanças da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica e diretor interino de Necrópoles, Wellington Corrêa, informou que a Prefeitura está empenhada na reorganização dos cemitérios públicos municipais e lembrou que “não é nada simples administrar necrópoles”. Segundo ele, existe muito empenho do Executivo para estabelecer bases legais e administrativas visando à concessão de serviços do setor à iniciativa privada. “Isso vai evitar o ganho fácil e o desvio de dinheiro, além de ajudar a combater irregularidades”. Em função das iniciativas que estão sendo feitas no setor, segundo Corrêa, funcionários da Prefeitura receberam ameaças de morte.

Situação recorrente
O colegiado verificou situação semelhante no Cemitério da Paz no mês passado. Saudade e Bonfim também serão fiscalizados nos dias 8 e 13 de agosto, respectivamente. Jair Di Gregório informou que os relatórios das visitas técnicas realizadas serão encaminhos ao Ministério Público, que apura irregularidades nos cemitérios públicos de Belo Horizonte, desde 2016.

 

 

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