O combate a pandemia do Covid-19, fechou empresas, comércio, indústria, suspendeu aulas e acabou afetando diretamente a operação do sistema de transporte público por ônibus em Belo Horizonte. Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH) Joel Paschoalin, a queda crescente de receita e de demanda de passageiros sinaliza para um colapso do sistema e que só com ajuda do poder público, as empresas vão ter condições de enfrentar a crise e continuar operando.
“O sistema passa por um momento delicado, nós tivemos nessa semana uma queda de 75% no número de passageiros. A conta não bate, 75% da receita das empresas vai para pagar os salários dos funcionários (50%) e óleo diesel (25%). O que significa que o nosso custo operacional ficou muito alto em relação a receita. Algumas empresas já estão com dificuldade para comprar óleo diesel”, explica.
“Reconhecemos que o transporte público é essencial para o funcionamento da cidade. Nós que estamos transportando as pessoas para os hospitais, supermercados, farmácias e trabalhadores de serviços essenciais, como saúde, segurança e coleta de lixo. Mas chegamos em um ponto crítico. Nesse momento, para que as empresas consigam manter as suas operações, vamos precisar de ajuda urgente do poder público. Se ajuda não vier, com certeza o atendimento da população será comprometido”, finalizou Paschoalin.
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