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27 de novembro de 2016A proximidade da chegada do verão (dia 21 de dezembro) e do período de férias, e com isso a possiblidade de curtir praias ou clubes, deixando o corpo mais exposto, faz com que as pessoas se preocupem mais em emagrecer, corram para academias e até cometam loucuras, com regimes extremos. Se os cuidados foram deixados para a última hora, uma solução rápida, mas que preserva a saúde, é o uso do balão intragástrico, método que cresceu 25% este ano e agora em novembro “ferve” nas clínicas especializadas. Isso porque, sem cortes, o paciente perde de 10% a 12% do peso nos primeiros dois meses.
O método consiste na colocação de um balão de silicone que é introduzido no estômago por via endoscópica. O balão é preenchido com solução salina e azul de metileno estéril (400 a 700ml). O dispositivo aumenta a sensação de saciedade e limita a ingestão excessiva de alimentos, proporcionando a perda média de 20% do peso corporal em seis meses e de 30% em um ano.
“Sim, a procura aumenta em novembro aqui em BH, onde a preocupação com o verão é mais tardia. No Rio de Janeiro, essa procura é mais cedo, em agosto”, confirma o médico Leonardo Salles de Almeida, cirurgião do aparelho digestivo, especialista em cirurgia metabólica (Bariátrica) e videolaparoscopia e diretor do Instituto Mineiro de Obesidade.
Para continuar magro, é preciso tratar a obesidade
Apesar do sucesso do método, Leonardo Almeida alerta que trata-se apenas de um tratamento momentâneo, pois apenas o efeito de um problema será temporariamente solucionado – o excesso de peso – mas a doença – a obesidade – ainda está lá, e precisa ser tratada, pois a tendência, se não tratarmos a base, é a pessoa voltar a engordar algum tempo após a retirada do balão intragástrico, o que pode ocorrer até mesmo após a cirurgia bariátrica. Com 16 anos de experiência nessa área da medicina, Leonardo Almeida estudou diversos fatos e aprendeu que, “independentemente da técnica utilizada para a perda de peso, o fundamental é tratar a obesidade como síndrome que é; abordando seus fatores desencadeantes, com boa psicoterapia, boa reeducação alimentar e realmente incorporando a atividade física no dia a dia e, aceitar a necessidade da mudança de estilo de vida”.
Ainda de acordo com o Cirurgião, é muito comum que o paciente procure a cirurgia pensando que vai emagrecer e não vai precisar nunca mais fazer nada, pois ela vai resolver o problema de obesidade para sempre.
Assim, apesar da cirurgia bariátrica e do balão intragástrico atuarem de forma esplêndida no emagrecimento, possibilitando uma janela terapêutica para o paciente, em que ele, ao ficar um tempo magro, consegue um equilíbrio emocional e pode se tratar para não voltar a engordar, é comum o reganho de peso, que varia conforme o método adotado. Em um Bypass (cirurgia que modifica o estômago e intestino) tem uma janela de cerca de 5 anos, em um Sleeve (cirurgia onde modifica somente o estômago) uma janela de cerca de 3 anos, em um balão intragástrico (técnica endoscópica que não modifica o organismo) uma janela de cerca de 1 ano.
“Recentemente vimos matérias sobre alterações hormonais, que podem contribuir para esse reganho de peso, mas sua participação é pequena em vista da importância de um bom tratamento multidisciplinar. É importante entender que a obesidade é uma doença grave, e de difícil tratamento, que necessita de controle para que não haja recidiva, mesmo em casos em que o paciente optou pelo tratamento cirúrgico”, ressalta Leonardo Almeida. Para os pacientes que tiveram reganho de peso hoje, “indico o plasma de argônio associado ao programa multidisciplinar, com isso conseguimos resgatar o tratamento desses pacientes”, finaliza, o cirurgião.
E a obesidade é um fato grave que afeta todo o mundo. A Organização Mundial de Saúde aponta que em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso; e mais de 700 milhões, obesos. O número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo poderia chegar a 75 milhões, caso nada seja feito.