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Compliance é o futuro inevitável das empresas de ![logística]

A prática do compliance é uma dessas ações corporativas que entraram na moda desde alguns anos, e se tornou algo tão relevante para a imagem da empresa que hoje é difícil dissociar os conceitos de transparência dessas políticas de absoluto respeito e obediência à legislação. Justamente por se preocupar mais com a construção ética da empresa em torno das questões legais, o termo compliance ganhou mais a atenção de departamentos jurídicos e de empresas financeiras num primeiro momento. Mas hoje há um processo de expansão que supera esses limites.

Aliás, mais do que isso, começa-se a condicionar a própria razão de ser de certos negócios à existência do compliance, como se fosse um órgão vital de seu sistema. Talvez o melhor exemplo disso seja entre as empresas de logística. E não é difícil de compreender o porquê. O trabalho dessas companhias consiste em transportar, armazenar e distribuir um grande leque de produtos de diversos mercados. Dentre eles, medicamentos, produtos alimentícios e orgânicos, equipamentos extremamente frágeis e com pesos que também são variáveis e ainda produtos químicos e até industriais de alta complexidade.

Para cada segmento, há normas bastante rigorosas de armazenamento e transporte, de modo que as empresas de logística devem operar obedecendo meticulosamente às condições estabelecidas por cada órgão. Conhecer essas legislações, portanto, são parte do cuidado rígido que essas companhias devem realizar, e que correm paralelamente à própria atividade-fim da empresa. Vale destacar que essas normas não vêm de uma suposta ideia de burocratizar o deslocamento do produto, mas de garantir a preservação da qualidade e da integridade do produto, do meio ambiente e da saúde dos seus agentes e consumidores.

Esse elo que se cria, portanto, entre as práticas de compliance e as empresas de logística servem como uma adaptação que precisa ser vista de forma natural, e que permite reduzir eventuais riscos sanitários, ambientais e, por conseguinte, também financeiros, que podem comprometer diretamente a imagem e a própria existência da empresa. Assim, o compliance não pode ser visto como uma obrigação de praxe, um transtorno incômodo nos serviços oferecidos pelo setor, mas uma necessidade diante dos riscos que o deslocamento de mercadorias impõe.

O impacto é a redução absoluta dos riscos diante da obediência irrestrita a cada linha da lei, mas também a valorização da imagem da empresa, que é uma das forças do negócio, promovendo uma vantagem competitiva no mercado. O resultado é a eficiência dos procedimentos, a redução dos custos e o aumento da receita. Assim, não é exagero apontar que o compliance é capaz de escancarar as portas do futuro da logística, desde que realizada sob a orientação de quem de fato domina esses processos.

Isso passa por medidas austeras de combate a fraudes, coerção aos potenciais atos de corrupção, como negociações escusas com fornecedores e clientes, e treinamento constante de toda a equipe para tornar o respeito às legislações uma postura ampla e transparente, adotada por toda a empresa. Diante de tudo isso, é evidente que tais políticas não são de fácil aplicação, mas tornam-se elementares para o futuro do setor. O caminho é inevitável, mas bastante bem-vindo.

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