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Cresce número de engenheiras no país, mas mercado ainda é desequilibrado

Mantendo a tendência de anos anteriores, o número de mulheres no mercado de trabalho da engenharia civil apontou um novo crescimento em 2020, se comparado com 2019. É o que mostra o Painel da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), do Ministério do Trabalho, divulgado neste início de 2022. Segundo os dados, elas conseguiram elevar em 5,5% a ocupação das vagas entre 2019 e 2020, atingindo um total de 216.330 pessoas.

Entre 2016 e 2019, as informações do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) já havia sinalizado uma alta de 42% da presença delas nesse mercado. “Os números são positivos, mas ainda aquém perto do predomínio masculino. Estamos falando de uma quebra de paradigma enraizada já há muito tempo”, argumenta Jéssica Mariano, engenheira e engenheira e coordenadora de equipe da Projelet, escritório de engenharia focado no desenvolvimento de projetos com soluções inovadoras.

Para ela, uma mudança profunda na realidade das mulheres nesse mercado exigiria não apenas uma ocupação maior nas cadeiras das universidades, mas também uma abertura maior do mercado à contratação. “Ainda há um abismo nas contratações masculinas frente às femininas. A Projelet é uma exceção no mercado, pois busca a contribuição que um profissional pode agregar à equipe mediante suas qualificações e conhecimento, não pautando suas contratações ao sexismo raso, como ainda ocorre em muitos lugares. Nosso olhar é para pessoas, e visa o quanto podemos crescer juntos, independente de sexo, orientação sexual e tantas outras acepções que ainda vemos nos dias de hoje”, complementa Jéssica Mariano

O Censo da Educação Superior aponta que, em 2015, as mulheres já ocupavam pouco mais de 30% das vagas nas faculdades de engenharia no Brasil. Porém, na contramão, apenas 13,6% do mercado é ocupado por elas, como mostram os números do Confea, referentes a 2017. No próprio cadastro do Confea, as mulheres são apenas 20% de todos os engenheiros ativos.

“Quando fazemos um recorte pequeno nos números, é comum depararmos com mudanças positivas. Mas é preciso que ainda ocorra uma revolução no mercado, de modo a estabelecer um equilíbrio entre a entrada de novas profissionais. A caminhada ainda é bastante longa, mas estamos no caminho certo”, pondera a profissional.

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