Decretos de Kalil que intensificam o isolamento social caem um a um

Foto: reprodução/Twitter

 

Desde que o prefeito Alexandre Kalil (PSD) declarou que Belo Horizonte iria aderir a quarentena como forma de prevenção a circulação do novo coronavírus, em 19 de março, foram várias medidas rígidas adotadas para intensificar o isolamento social. Muitas dessas medidas, fundamentadas em decretos, foram revistas pela justiça e deixaram de existir aos poucos.

Logo que a restrição ao comércio foi decretada, surgiu uma grande polêmica circulou em torno da transição de ônibus de cidades que afrouxaram a medida. Tudo começou quando Kalil ameaçou que os ônibus de Lagoa Santa, cidade citada como “balneário de férias irresponsáveis” por ele. O prefeito de Lagoa Santa recuou e voltou ao isolamento social, em 10 de abril.

Já na semana seguinte, Kalil oficializou a proibição para a circulação do transporte coletivo vindo de cidades que seguiam o exemplo de Lagoa Santa. A BHTrans até chegou a vetar a entrada de dois ônibus da empresa presidente, que liga Caratinga à capital. Dias depois, a prefeitura de Coronel Fabriciano recorreu e conseguiu que este decreto que impedia os ônibus de circularem caísse.

Nesse mesmo tempo, Kalil anunciou a possibilidade do Mineirão se tornar um hospital de campanha para atender a pacientes de Covid-19, assim como ocorreu na Expominas. Porém, o anseio da prefeitura trombou com interesses do governo estadual e acabou não acontecendo. Outra frustração para Kalil que chegou a declara que o governador Romeu Zema (Novo) é “mal assessorado”.

Passaram duas semanas e, em 17 de abril, Kalil lançou lançou mais um decreto. Neste incluiu a extinção da gratuidade da passagem de ônibus para idosos no transporte coletivo municipal. Para manter a categoria em casa, o prefeito queria que pessoas acima dos 60 anos tivesse de pagar R$ 4,50 entre 5h e 8h e entre 16h e 20h. Não demorou muito para que a Defesa Pública de Minas Gerais recorresse a justiça e conseguisse cair com o mandato.

A próxima derrota da prefeitura de Belo Horizonte pode estar ligada justamente a medida que talvez seja vista como sua maior vitória: a restrição ao comércio. Isso porque o governo estadual já está avaliando uma forma de flexibilizar as atividades comerciais em todo estado. Caso a medida seja implantada, Belo Horizonte terá que seguir o exemplo de todas as cidades no Estado e isso representa outra derrota para o belo-horizontino.

Kalil, apesar de constantes limitações, continua protegendo Belo Horizonte do novo coronavírus. O prefeito decretou o uso obrigatório de máscaras na capital, construiu pias em diferentes pontos para a população poder lavar as mãos, fechou praças e parques com grande circulação e ainda solicitou o status de calamidade pública que ainda está em aprovação pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Sabe-se lá qual será a próxima restrição.

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