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5 de novembro de 2016Festival Sarara
5 de novembro de 201601 ano se passou deste a tragédia com a Barragem de Fundão, em Mariana. De lá para cá, a única coisa que mudou foram os agravantes ambientais que a passagem da lama de rejeitos deixados pelas operações da Samarco causaram. Um desses agravantes foi com a bacia do Rio Doce, que será lembrada no documentário “Rio Doce”.
O objetivo do filme é usar a população ribeirinha do rio Doce para contar o antes, durante e depois a catástrofe. São várias chamadas de pessoas que dependiam daquele ecossistema para viverem. Pessoas que não tem voz ativa aos olhos de autoridades e dos representantes dos responsáveis pela tragédia. Pessoas que viram a vida e a morte do rio Doce e tiveram a coragem de documentar tudo.
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“Com o desenrolar da tragédia em Mariana e o avanço da lama pelo Rio Doce, sentimos que precisávamos estar lá para entender o que estava acontecendo e contar essa história. Seguimos para lá assim que conseguimos nos organizar e chegamos em Regência a tempo de testemunhar a chegada da lama no mar”, comenta Pedro Senra, Jornalista que dirigiu o documentário.
A lama era tanta que foi necessário mais de uma viagem para documentar todo a circunstância. “Desde o começo das filmagens, sabíamos que seria necessária uma segunda viagem, com um tempo que nos permitisse entender melhor o que estava acontecendo, sem as dúvidas e correria dos primeiros dias após o desastre. Queríamos ver como a tragédia havia afetado a vida das pessoas ao longo do rio, e como a natureza vinha se recuperando dessa agressão”, conta Hermano Beaumont, outro diretor do projeto.
Ao todo, foram cerca de 20 dias de filmagem e mais de 100 pessoas entrevistadas. Contando as duas viagens, foram cerca de 05 mil quilômetros rodados, com mais de 20 cidades visitadas para poder contar essa história. 05 desses personagens foram destaque e você confere os depoimentos logo abaixo:
#NãoFoiAcidente
No dia 5 de novembro de 2015, o Brasil assistiu pela televisão enquanto 60 milhões de metros cúbicos de lama desciam pelos vales da cidade histórica de Mariana, em Minas Gerais, destruindo centenas de casa, deixando centenas de desabrigados. O distrito de Bento Rodrigues, o primeiro a ser atingido e o mais próximo da barragem, foi completamente destruído e hoje é uma cidade fantasma. O desastre continuou quando esta lama chegou ao Rio Doce, percorrendo 550 quilômetros até encontrar o mar, em Regência, no Espirito Santo. 19 pessoas morreram.