Escombros da Babilônia & Cabaré Babylon

No próximo dia 23 de junho, o espetáculo teatral “Escombros da Babilônia & Cabaré Babylon – Experimentos em torno de um teatro documentário-manifestação para dias (desta vez) sem chuva” estreia temporada no Espaço Comum Luiz Estrela. As apresentações abertas ao público, com entrada gratuita, acontecem às 19h30 dos dias 23, 24, 25 e 30 de junho; 1º e 2 de julho. Realizada pelo Núcleo de Teatro do Espaço, a peça aborda questões sociais relacionadas às minorias e ao Espaço Comum, numa referência à sociedade e à vida na cidade. Composta por duas montagens teatrais, Escombros da Babilônia & Babylon Cabaré reúne mais de 100 pessoas na equipe do espetáculo.

Em fevereiro, foi aberta convocatória para interessados, com mais de 18 anos, em integrar as montagens teatrais. Dois espetáculos integrados e independentes foram criados por meio de oficinas (eixos temáticos: loucura, LGBTQi, pessoas em situação de rua, arte ativismo) e da criação coletiva. O teatro dialético, o teatro de rua, o teatro documentário e a performance são os referenciais teatrais do trabalho que promove a investigação artística, por meio do incentivo à criação, livre expressão e encontro com o público.

A primeira montagem, Escombros da Babilônia, abrange os momentos: O casarão e a rua; A Nau dos loucos; Agitprop: julgamento, televisão e manifestações. Cabaré Babylon apresenta, por sua vez, números circenses e musicais. A dramaturgia da peça dirigida por Manu Pessoa e Rafael Botaro funciona como “estrutura propositiva que sinalizou caminhos para as costuras das cenas criadas nas oficinas temáticas e aquelas do espetáculo Estrela ou Escombros da Babilônia, apresentado em 2013”, como explica o coordenador dramatúrgico do espetáculo, professor da Escola de Belas Artes da UFMG, Antonio Hildebrando. Conforme Manu Pessoa, o espetáculo foi construído a partir do material vindo das oficinas, durante as quais cada residente falava de seu lugar de enunciação, ou seja, a dramaturgia costurou o que as pessoas propuseram a partir das temáticas das oficinas.

“Um poema escrito, até onde pudemos averiguar, por Luiz Estrela, norteia a construção-desconstrução de sentidos dos dois primeiros movimentos, protagonizados em ‘O casarão e a rua’ e ‘A nau dos loucos’”, enfatiza o professor sobre a montagem Escombros da Babilônia que, em seu terceiro movimento, refere-se à memória das manifestações iniciadas em 2013 e às mudanças do quadro político nacional. “Coletiva, a dramaturgia goza e agoniza com as aproximações e os atritos dos muitos desejos e visões dos criadores que ocupam os espaços, enquanto a nau dos loucos navega pelo asfalto e os latões e andaimes se transformam em palcos-tribunas para vozes que não abrem mão de seu direito de se fazer ouvir”, afirma Hildebrando.

“Escombros da Babilônia & Cabaré Babylon” é realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura da Prefeitura de Belo Horizonte – Fundação Municipal de Cultura. O projeto foi aprovado em primeiro lugar no Fundo Municipal de Cultura de Belo Horizonte, em 2015, e conta com a parceria do curso de graduação em Teatro da Escola de Belas Artes da UFMG.

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