Especialistas destacam a importância da comunicação assertiva em meio à pandemia

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Com o atual cenário de crise instaurada pela pandemia da Covid-19, bem como até mesmo em outros cenários fora do caos, uma comunicação eficiente e assertiva se faz necessária para potencializar a compreensão e minimizar desentendimentos. Em um mundo caracterizado como técnico, científico e informacional, a aceleração dos objetos e das ações é elevado ao seu nível máximo, atendendo à lógica da produtividade, ou seja, do fazer, do ter, do tempo como sinônimo de dinheiro – e não de vida.

“Os efeitos negativos dessa rapidez podem ser notados na saúde mental, com alto nível de estresse, psicopatologias como burnout, e nas mais variadas compulsões, bem como nas relações sociais em uma sociedade cada vez mais excludente e intolerante. Nos relacionamentos interpessoais, falta a fluidez na comunicação, uma expressão da automação da vida, onde a inversão do tempo nos faz usá-lo como recurso capital e não como recurso de vida”, explica Taiana Jung, pesquisadora do tema, mediadora de conflitos e empresária.

Segundo ela, a comunicação, nesse contexto, é um ato que necessita da empatia, da entrega, do conhecimento e da aplicação de um conjunto de símbolos e regras, dentre eles a escrita, as imagens, as convenções culturais e os códigos.  “Se falo com outra pessoa e não reconheço que os seus símbolos, regras e tempos podem ser diferentes dos meus, o que realmente quero? Falar o que penso e pronto? Que o outro entenda tudo, pois fui claro o suficiente? Quantas vezes os mal-entendidos são vividos por causa de uma interpretação equivocada? Quantas vezes fazemos uma comunicação aparentemente eficiente, mas ela se mostra ineficaz, pois não há compreensão?”, pontua Jung.

A pesquisadora esclarece que, independentemente do tempo ao qual esteja sendo debatido e apresentado, o que não muda enquanto tudo se altera é o processo de comunicação, que envolve o emissor, o receptor e o canal pelo qual ocorre o diálogo. “Comunicar requer escutar com empatia e doar ao outro aquele instante. Para desenvolver a empatia, é necessário compreender a fala, a expressão ou mesmo o silêncio. Com isso, todas as partes ganham e as relações, profissionais ou pessoais, podem se tornar mais leves e com menos melindres de achar que o outro não te entende ou que te julga, pois antes de isso acontecer, você estará mais consciente dos motivos que levam a pessoa a pensar ou agir de tal forma. É isso que se chama conexão”, salienta ainda.

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