Famílias em áreas de risco do Ribeiro de Abreu podem receber apoio público

Foto: PBH

 

Invadindo moradias do Bairro Ribeiro de Abreu, às margens do Ribeirão do Onça, há cerca de 40 anos, as chuvas vêm causando prejuízos e riscos ainda maiores em 2020 à comunidade. Em algumas casas das Ruas São Judas Tadeu, Rua Etilândia, e Rua Juazeiro do Norte, todas localizadas no cruzamento com Rua Antônio Ribeiro de Abreu, a água chegou a atingir 1,70 m de altura durante os temporais de janeiro.

Os Vereadores estão de olho nessas condições. Em visita técnica da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana ao local, a Sudecap, Urbel e Regional Nordeste se comprometeram a empenhar esforços quanto à possibilidade de indenização e remoção das famílias em situação de vulnerabilidade, com prioridade para residências localizadas no ponto mais baixo região.

Segundo os moradores, a Prefeitura informou sobre projeto já existente para a retirada da população das áreas de risco. Eles relataram que as pessoas que moravam nas proximidades do leito do rio, na parte mais baixa, já foram retiradas, há cerca de um ano, pela Urbel. Entretanto, famílias que perderam móveis e pertences com as últimas chuvas ainda não foram removidas. Desta forma, a comunidade reivindica que os moradores sejam indenizados e deixem suas moradias. Há aproximadamente seis anos, foi realizada visita técnica da Prefeitura às residências, quando lhes foi informado que a desapropriação seria efetivada, mas até o momento, não se obteve nenhum retorno. Desta forma, na visita, eles cobraram a apresentação de um cronograma e de um plano de ação.

Ações programadas
Após ouvir os relatos da comunidade, Jackson Maia, do Departamento de Projetos de Grande Porte da Sudecap, disse que levará os problemas apresentados para que se dê encaminhamento às demandas apontadas. Quanto ao projeto, ele informou que o mesmo sofreu alterações e que o atual tem como foco a retirada das famílias da mancha de inundação, já tendo sido apresentado ao Conselho Comunitário Unidos pelo Ribeiro de Abreu (Comupra).

Maia destacou ainda que a Sudecap, juntamente com a Urbel, tem se empenhado para solucionar a questão, que a Urbel está mais avançada quanto às ações de remoção, considerando que a moradias removidas encontram-se na mancha de inundação e apresentam risco geológico, conforme estudo anteiror. No que diz respeito às ações de responsabilidade da Sudecap, em área onde supostamente seria feita a desapropriação, o órgão está tomando as devidas providências para iniciar o trabalho de topografia e de cadastramento. Uma das diretrizes em análise é a abertura da Rua Ribeiro de Abreu até a Rua Escorpião, possibilitando, assim, que a primeira fique num ponto mais alto da região. Segundo ele, até o final de novembro, o projeto será finalizado.

Remoções concretizadas

A água invadiu a casa dos moradores em níveis alarmantes (foto: Bernardo Dias/CMBH).

Conforme informou a coordenadora social do Parque Bacias da Urbel, Marina Marques Moura de Azevedo, as remoções foram iniciadas antes das ações da Sudecap serem implementadas e estão avançando. Ressaltou que as ações da Urbel, na região da Areia Branca, situadas em um ponto mais alto, às margens do Ribeirão do Onça, são procedimentos mais simples e que o trabalho foi feito por classificação de risco, a fim de retirar quem estivesse em condições mais susceptíveis. Desta forma, hoje, existem poucas remoções a serem feitas no referido trecho. De acordo com a Sudecap, a topografia será iniciada em março deste ano, na região da Areia Branca, conforme planejamento e estudo anterior, que avalia o local como região de maior vulnerabilidade em relação à parte baixa do Córrego do Onça.

O coordenador da Regional Nordeste, Marcelo Camargos, reafirmou, por sua vez, que ao percorrer anteriormente todas as residências nas três ruas atingidas pela água das chuvas,verificou-se, de fato, que o nível que as mesmas atingiram este ano chegou a subir 1,3 m em algumas moradias, provocando danos significativos; e que provavelmente o projeto anterior, que prioriza ações na Areia Branca, não comtemplava esse dado.

Para o vereador Edmar Branco (Avante), que requereu a visita, o objetivo foi cobrar do poder público o andamento do processo de remoção das famílias em situação de risco elevado do local. “Há cerca de seis anos, algumas casas foram seladas, mas até o momento, não foi dado nenhum retorno à comunidade. Então, na visita, foi cobrado da Prefeitura um prazo para a remoção dessas famílias”, concluiu.

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