Filarmônica de Belo Horizonte encerra temporada 2016

Nos dias 15 e 16 de dezembro, às 20h30, na Sala Minas Gerais, sob a batuta do maestro Fabio Mechetti, a Filarmônica de Minas Gerais apresenta o último concerto da temporada 2016. Para a ocasião, foi escolhida a Sinfonia nº 7 em mi menor, de Mahler, obra que transita entre o romântico e o moderno. Com duração de 77 minutos, os concertos das duas noites não terão intervalo. Ingressos entre R$ 17 (meia) e R$ 98 (inteira).

A Orquestra Filamônica de Belo Horizonte sob regência do Maestro Fabio Mechetti (foto: Eugênio Savio).

Sétima Sinfonia foi admirada por diversos compositores já no primeiro contato. Em sua escritura, a Sétima transparece uma característica apontada por Webern, qual seja o passo decisivo de Mahler quanto ao conjunto de ideias musicais que, articuladas ao núcleo principal, criam texturas distintas daquelas de simples melodias acompanhadas. Mesmo nas passagens de grande densidade polifônica, o compositor administra uma rica paleta orquestral: explora o potencial expressivo de cada instrumento, dosa e equilibra dinâmicas, timbres e massas sonoras, além de estabelecer contrastes entre as seções de sua vasta arquitetura formal. Busca, enfim, clareza e ênfase no que tem a dizer.

Na Sétima Sinfonia, tal conjunto de procedimentos pode ser constatado logo na seção expositiva e ao longo do primeiro movimento. No tema inicial, o ritmo de marcha tem a participação maciça dos instrumentos de sopro; no segundo tema, destacam-se as cordas; na superposição de materiais temáticos desses dois temas, mergulhados em densa trama contrapontística; nas diferenças marcantes entre andamentos e atmosferas, dentro de um mesmo movimento.

A primeira Nachtmusik, após chamamentos de trompas e evocação de cantos de pássaros, apresenta, novamente, a marcha, na evocação de um caminhar pelo mistério da noite. A ambientação noturna reaparece no Scherzo, sob a fantasmagoria da valsa vienense. Antes de atingir o brilho, no último movimento, a obra atravessa a segunda Nachtmusik: ao lirismo, à transparência e à orquestra reduzida acrescentam-se o violão e o bandolim, em uma atmosfera de serenata noturna. No Rondo – Finale, a explosão de luz e a energia do tema inicial têm efeito arrebatador. O diálogo com a tradição aparece no tema de Os Mestres Cantores, de Wagner. Observando a diversidade temática da Sétima Sinfoniae a expressão particular de cada movimento, podemos perceber a riqueza de manifestações da alma humana.

Um Bônus para para os participantes
Antes das apresentações, das 19h30 às 20h, o público poderá participar dos Concertos Comentados, palestras que abordam aspectos do repertório. O palestrante será o percussionista da Filarmônica de Minas Gerais e curador dos Concertos Comentados, Werner Silveira. A Sétima Sinfonia de Mahler, também chamada de “Canto da noite”, transita entre o Romantismo e a Modernidade insurgente do início do século XX, como se o compositor buscasse forçar os limites do sistema tonal. Modulações e rompantes de dissonâncias certamente traduzem e expõem uma personalidade complexa – muitas vezes, instável –, mas absolutamente genial, como poucos na história da arte. Estes concertos são apresentados pelo Ministério da Cultura, Governo de Minas Gerais e Cemig e contam com o patrocínio do Mercantil do Brasil por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Já as palestras dos Concertos Comentados são apresentadas pelo Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais.

 

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