FIOTIM – o Museu em Movimento

FIOTIM – O Museu em Movimento é uma Fábula-Instalação criada pelo artista mineiro Jorge Fonseca, que estará em exposição em Belo Horizonte, a partir do dia 23 de março, na Funarte. Nela, um camelô visita um importante museu em Minas Gerais – o Inhotim – e, presenciando encantado uma verdadeira romaria, descobre ali uma oportunidade de mudar de vida. A partir de então, este ‘arteiro viajante’ se lança na missão de fazer miniaturas de tudo o que viu. Mesmo sem entender nada daquilo e dispor de poucos recursos, produz, à sua maneira, uma série de souvenirs – imitações dos objetos de adoração – visando ‘tirar proveito’ da fé, da devoção e da comoção que envolve aqueles romeiros contemporâneos, que adentram o paraíso pós-moderno, ávidos por progresso espiritual, sabedoria e conhecimento.

Esta é a saga de Jorge K., que faz as vezes de mestre de cerimônia do FIOTIM. O personagem possui uma biografia, personalidade própria e um visual altamente cativante. Realiza performances e é uma atração a mais neste envolvente universo criado por Fonseca. Para a construção do projeto, ganhador do 1º lugar no Prêmio Funarte – Conexão Circulação Artes Visuais 2016, Jorge Fonseca se inspirou nos mascates e camelôs de outrora. Outra inspiração foram os “gabinetes de curiosidades”, pequenos circos sobre rodas que percorriam cidades do interior levando ao público uma exposição de raridades e novas descobertas.

Com o FIOTIM, Jorge Fonseca percorre o Brasil promovendo a democratização do acesso à arte e à cultura, parando em lugares improváveis e gerando acontecimentos inusitados, em um trailer que abriga a instalação, com ares de circo e parque de diversões, com direito a jardins, aves, paisagens, fontes e muito sonho. O projeto é perpassado por uma fina ironia que o artista vem destilando ao longo de sua intensa produção, mas é, acima de tudo, uma exaltação à arte.

Conceitualmente, FIOTIM representa a síntese de 22 anos de pesquisa de Jorge Fonseca. Um desdobramento do seu “fazer artístico” que extrapola os limites do ateliê e passa a ocupar os espaços públicos, estabelecendo um nível mais profundo de relação com as pessoas. Ao mesmo tempo, traz um questionamento acerca de uma série de conceitos que norteiam e determinam o sistema de arte na contemporaneidade.

Sua singularidade está no fato de atrair um público diverso, pessoas que nunca estiveram em uma exposição de arte ou em um museu e que, nem por isso, se intimidam diante das ações e dos objetos que lhes são apresentados. “O fato é que um número significativo de pessoas nunca entrou em um museu. Sequer já viu um de perto. E de repente chega o FIOTIM na cidade e cria a oportunidade para as pessoas se conectarem com a arte. E o que é melhor: de uma forma festiva e afetiva. Essa é uma das principais características conceituais do projeto como um todo, desacostumar as pessoas a ter um contato frio e ‘sisudo’ com a arte em exposições. Seja em praça pública ou em espaços institucionais, um dos atributos da arte deve ser possibilitar o prazer e a alegria. O FIOTIM tem essa capacidade de quebrar paradigmas”, conta Fonseca.

Em 2015, no Rio de Janeiro, o projeto participou do Festival de Esculturas Monumentais, da Feira de Arte Urbana – Art Rua e do Festival Interculturalidades, da UFF, em Niterói. Entre julho e setembro de 2016, percorreu milhares de quilômetros com a Caravana “No Coração do Brasil”, margeando o Rio São Francisco de sua nascente até a foz, do sertão de Minas Gerais ao litoral de Alagoas. O artista também foi indicado ao Prêmio Pipa 2017 e sagrou-se vencedor do Prêmio PIPA OnLine (categoria Voto Popular).

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