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23 de novembro de 2020Vencer uma eleição é o início de uma caminhada, literalmente política. Sabemos que a voz que vem das urnas precisa ser respeitada. Paralelo a isso, quem foi eleito ou se reelegeu tem a responsabilidade de ser o autêntico guardião da nossa Constituição Federal assegurando a população entre outros direitos: a saúde, educação e segurança pública.
É preciso compreender que um candidato vencedor assume a sua função carregando também o peso do voto daquele eleitor que não lhe apoiou. É preciso balancear essa situação e promover uma gestão eficiente e equitativa. Fim de eleição é fim de disputa, fim de divergência e passa a ser tempo de agregar valores e ideias.
É necessário refletir: o eleitor votou em determinado candidato porque acreditou e se identificou com o programa de campanha apresentado. Embora esse programa seja uma formalidade e não se tem determinação legal para que deva ser cumprido, o ideal é executá-lo. Agindo assim, o gestor ganha respeito e credibilidade.
Por outro lado, não é fácil agradar a todos e todas. É um desafio gerenciar uma população onde poucos se entendem como funciona o processo democrático , o papel do prefeito e tampouco o papel de um vereador.
Não é fácil para o gestor ter a sua frente uma população que o elegeu pensando em ganhar privilégios e benécias. Isso é perigoso e deve ser aos poucos desconstruído , porque o serviço público é gerenciado com recursos financeiros que vem do trabalho e produção de todos os segmentos, independente de ideologia política.
Não é fácil também para a população lidar com prefeitos e vereadores que depois de eleitos se tornam autênticos donos do poder. Se fecham no seu mundo e esquecem de quem o elegeu. O diálogo deve ser permanente com a comunidade. Caso contrário vai ser excluído da política da próxima disputa. Bom político é o que entende que não pode ser o dono do poder.
A prefeitura e a Câmara Municipal são espaços públicos, sim, são casas do povo , mas tem normas, regras e leis que precisam ser respeitadas. O candidato , após ser eleito, tem que olhar para frente. Tem que trabalhar pela coletividade e sem sentimento de ódio ou de vingança.
Acabou a eleição, a sociedade e políticos tem que seguir a vida com luta, participação e persistência. Não é preciso brigar, provocar, fazer discurso de ódio de vingança. A hora é de aplaudir o vencedor desejar a ele sorte para seguir a caminhada e se possível observar as propostas feitas pelo adversário e lutar para que os programas de governo apresentados em campanha sejam implementadas.