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Guardiões da Horta ensina crianças sobre a importância da alimentação saudável

Conforme o estudo “Indicadores de alimentação da criança”, realizado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e divulgado em 2021, 80% das crianças brasileiras de até cinco anos consomem alimentos ultra processados com grande frequência. Cerca de um quinto (20,9%) tem em seu cardápio temperos industrializados ricos em sódio, conservantes e outras substâncias nocivas à saúde.

Outro dado revelado é que os ultra processados também fazem parte da dieta de bebês menores de dois anos. Esse é o grupo que menos se alimenta de hortaliças e frutas no Brasil, ingredientes que deveriam compor a base da alimentação infantil, segundo os especialistas que realizaram a pesquisa. Entre as crianças dos dois aos cinco anos, 27,4% nunca haviam consumido nem frutas, nem hortaliças.

Diante disso, é importante que as crianças tenham acesso a produtos naturais e se alimentem com pluralidade, para garantir uma rotina saudável. O Colégio Arnaldo, em Belo Horizonte, por exemplo, incentiva essa prática e lançou mais uma edição do projeto Guardiões da Horta, com os alunos da Educação Infantil. O objetivo é estimular o hábito saudável, o trabalho em equipe e a sustentabilidade já nos primeiros anos de vida.

As crianças semeiam, cuidam e colhem verduras e legumes cultivados em horta desenvolvida na escola. E, como parte do processo de aprendizagem, os alimentos colhidos são trabalhados na Cozinha Experimental, onde são preparadas receitas para serem servidas aos alunos. “O projeto estimula hábitos alimentares mais saudáveis e trabalha a preservação do meio ambiente. Grande parte do plantio é realizado em materiais reutilizados, por exemplo”, explica a coordenadora da educação infantil do Colégio Arnaldo, unidade Anchieta, Adiene Carvalho.

O projeto se inicia com as crianças levando à escola embalagens usadas de sorvete, refrigerante, leite, amaciante, entre outros. “Falamos sobre o reaproveitamento desses materiais, que podem ser usados para plantar e aproveitar na horta, como a embalagem de amaciante que pode virar a pazinha para mexer na terra ou um regador. Dessa forma, mostramos aos alunos que, mesmo quem não tenha um espaço em casa, pode ter a sua horta usando as embalagens que iriam para o lixo”, acrescenta a coordenadora.

Nas edições anteriores, houve envolvimento de todos os colaboradores da instituição e das famílias ao longo dos anos, o que proporcionou a continuidade do projeto, que faz parte da grade escolar em 2023. “Os alunos ainda fazem plaquinhas para identificar as hortaliças e os legumes e identificam os rótulos das sementes. Assim, o projeto também nos dá oportunidade de trabalhar alfabetização e letramento”, completa Adiene Carvalho.

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