Janeiro de 2020 entrou para história como o mês de maior volume de chuva em Minas Gerais. Os temporais que caíram sobre o Estado deixaram 107 cidades em situação de emergência, 54 mortos, estragos incalculáveis, mais de 55 mil desabrigados e um prejuízo estimado em R$ 400 milhões para Belo Horizonte, segundo o prefeito Alexandre Kalil.
Na capital, algumas regiões tiveram quase o triplo da media histórica registrada para o mês de janeiro, que é de 329,1 para os 31 dias. Dados da Defesa Civil comprovam esse volume. Como o caso da região Centro-Sul, a mais afetada, com 957,2mm, ou 291% a mais do que a média histórica. Os estragos foram tremendos nessa regional: asfalto de ruas arrancados, bares e restaurantes devastados, casos de explosões em reservatórios de gás, parklets abarrotados e levados com a enxurrada, além dos prejuízos no comércio.
A situação não foi diferente em outras regiões, como o Barreiro, que teve 891,4mm, 271% acima da média. Apenas nessa regional, devido os deslizamentos de cinco imóveis em encostas na Vila Bernadete, sete pessoas morreram e outras 44 famílias ficaram desabrigadas. Também no Barreiro, a ameaça de rompimento da barragem de contenção do córrego Bom Sucesso deixou a população apreensiva por maiores tragédias.
Também choveu bastante em outras regiões, como a Oeste, com 967,8, a Leste, e seus 759,8mm, na Noroeste, 875,2mm, e na Pampulha com 730,8mm. A realidade é que choveu muito em todas as regiões da cidade e os estragos foram gerais. Um exemplo é para todo o percurso do ribeirão Arrudas, que compreende as avenidas Tereza Cristina e dos Andradas.
Onde menos choveu foi na região Norte, com 538,8mm. Em seguida, Venda Nova com 596,2mm e a Nordeste com 682,8. Apesar de serem volumes menores de chuva, esses índices apresentados pela Defesa Civil são tão catastróficos quanto qualquer um outro. Veja em nosso Instagram os indícios de chuva para janeiro de 2020:
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