14 Bis comemora 40 anos no palco do Palácio das Artes
15 de agosto de 2021Fuga de capital estrangeiro na B3: investidor estrangeiro tirou mais capital em julho
16 de agosto de 2021Há pouco mais de um ano de pandemia, a crise econômica continua sem expectativas de melhora. Esse cenário traz consequências drásticas para ONGs e instituições filantrópicas, tendo em vista que esses precisam de doações para continuar a prestação de serviços, e com a recessão alta e muitas pessoas desempregadas, essa ajuda demora ou muitas vezes nem chega.
O lar de idosos Dom Paulo, que conta com 29 assistidos, é exemplo de uma instituição filantrópica que sentiu essa queda. “Acolhemos idosos em situação de vulnerabilidade, não temos ajuda do governo, vivemos das doações. Contamos com 26 funcionários registrados, ou seja, além de ajudar a manter a casa e as necessidades dos nossos internos, essa ajuda também é fundamental para manter o emprego dos nossos colaboradores”, revela o conselheiro fiscal da Casa José Francisco.
A despesa mensal da casa chega em R$ 90 mil e para piorar a situação, precisam entregar o imóvel por decisão judicial. “O maior problema com a entrega da casa é achar um imóvel novo, já que as reformas que vão demandar muito investimento financeiro e além disso, temos pouco tempo, essa mudança precisa acontecer antes de setembro”, lamenta.
Uma solução seria o CEBAS (Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social), mas para isso, precisam quitar todas as dívidas. “Esse documento possibilita que a entidade sem fins lucrativos usufrua de isenções e contribuições sociais, como a parte patronal da contribuição previdenciária sobre a folha de pagamento; a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. Além disso, ela também possibilita convênios e parcerias com o poder público”, explica José.
O Lar
Dom Paulo surgiu em maio de 2015, por meio de uma iniciativa do diácono Antônio Amorim com 9 idosos, mas com o passar do tempo, já atingiu a lotação máxima, com 40 assistidos. “Em 2017, o ex-presidente do Lar queria encerrar as atividades, porém eu não permiti e assumi a presidência. Na mesma época, três processos trabalhistas apareceram e complicou ainda mais a situação financeira do lar”, lembra.
A casa pretende continuar firme no propósito de melhorar a assistência oferecida aos idosos. “Precisamos arrecadar fundos para reestruturar o lar e no futuro melhorar a qualidade de vida com os internos, por exemplo, pretendemos oferecer o serviço de fisioterapia ocupacional. Sabemos que é um momento difícil, muitas pessoas passando por dificuldades financeiras, mas, para nós, qualquer valor faz toda a diferença”, finaliza o conselheiro