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Médico mineiro retorna da Europa após aprender nova técnica contra leucemia, linfoma e mieloma múltiplo

“Sempre confiei nos avanços da medicina. E foi pela busca por um tratamento mais eficaz para pacientes com câncer que tomei a decisão de aprender sobre o Car-T Cell. Agora, estou no Brasil, disposto a incorporar na realidade de nossos pacientes tudo o que essa técnica leva ao benefício da vida”, depõe o médico hematologista Guilherme Muzzi a respeito de sua mais recente experiência.

Após passar cerca de seis meses em Barcelona, que é um importante polo de pesquisa médica da Espanha, o médico retorna ao Brasil para tratar pacientes que têm leucemia linfoblástica aguda B (LLA B) e linfomas não Hodgkin (LNH) com o Car-T Cell. Ainda pouco explorada pelos brasileiros, essa técnica tem melhorado o tratamento de pacientes com LLA B, LNH e mieloma múltiplo que foram refratários à quimioterapia inicial.

“Tudo começa com a coleta de linfócitos T do sangue do próprio paciente com câncer por meio de uma máquina. Em seguida à coleta, eles são geneticamente modificados em laboratório para expressar um receptor quimérico que lhes confere a capacidade de reconhecer e atacar especificamente as células cancerígenas. É como equipar as células do sistema imunológico do paciente com um detector de alvo especializado. A partir desse momento, os linfócitos T são chamados de Car-T Cells. Elas são retornadas para o corpo do paciente como se fosse uma transfusão. Por fim, já no seu organismo, elas começam a procurar as células malignas. Essa técnica é muito eficiente e tem apresentado resultados surpreendentes”, explica o especialista em Car-T Cell.

Em sua experiência no exterior, Guilherme teve a oportunidade de acompanhar cerca de 50 casos de pacientes submetidos a esse tratamento e esteve lado a lado de outros profissionais pioneiros na utilização da técnica. Hoje, o médico trabalha para implementar esse tratamento em hospitais brasileiros.

“Podemos dizer que o Car-T Cell é um dos maiores avanços no tratamento do câncer dos últimos anos. Nós aproveitamos o poder do sistema imunológico de cada paciente de forma singular. É como armar o corpo com uma equipe de elite para combater o inimigo, célula por célula. Claro que cada paciente reage de algum jeito. Alguns apresentam, inclusive, reações ao tratamento, mas, na maioria das vezes, o Car-T Cell é uma esperança”, completa.

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