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Foto: divulgação/IPsemg
O Hospital Lifecenter tem registrado aumento nos agendamentos de cirurgias eletivas, principalmente de especialidades como ortopedia, órteses e próteses, e cirurgia geral. A direção do hospital acredita que o comportamento é um reflexo dos menores índices da COVID-19 em Minas Gerais e em Belo Horizonte, além da confiança nas medidas preventivas adotadas na instituição. “As pessoas estão mais confiantes. Isso não significa que estão imprudentes. Os médicos apenas liberam as cirurgias necessárias, adiadas com a chegada da pandemia”, conta Dr. José Américo Cançado Bahia Filho, diretor técnico do Hospital Lifecenter.
A primeira quinzena de maio teve um registro 50% superior de agendamentos de pacientes para procedimentos cirúrgicos quando comparada à primeira quinzena de abril — período no qual se registrou a maior incerteza em relação à progressão da pandemia em Belo Horizonte. “Percebemos que a demanda reprimida está retornando. São pessoas que não possuem urgência para a cirurgia, mas que têm a sua qualidade de vida prejudicada sem a intervenção, seja por aumento da intensidade de dor crônica, seja pelo agravamento de condições clínicas associadas à necessidade de cirurgia”, ressalta Dr. José Américo, que é cirurgião geral e especialista em gestão de serviços de saúde.
Além de contribuir com a melhora da saúde, o paciente pode aproveitar o período de quarentena para se recuperar da cirurgia. “Essas cirurgias normalmente demandam um longo período de repouso após a intervenção”, afirma.
É o caso de Maria Emília Soares, que realizou uma cirurgia em 08 de maio. “Eu mal conseguia dormir, devido a dores intensas, que pioraram durante a quarentena. Conversei com minha família e optamos por operar no Hospital Lifecenter, que nos ofereceu toda a segurança necessária para minha cirurgia. Minha qualidade de vida melhorou muito, imediatamente após o procedimento”, relata a paciente.
Aumento no número de UTIs
O diretor revela que o hospital está muito seguro com essa retomada das cirurgias eletivas. O índice de ocupação de leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Lifecenter ainda é considerado baixo. A ocupação acumulada em abril foi de 33,7% nas UTIs reservadas a casos suspeitos e confirmados da COVID-19, e de 47,4% para as reservadas a outras enfermidades.
Em abril, o Hospital Lifecenter ampliou para 54 o número de leitos de UTIs. A instituição, que já possuía o maior número de leitos de UTI entre os hospitais privados de Belo Horizonte, isolou mais um andar para pacientes com suspeita de COVID-19. Foi estruturado ali os novos leitos de terapia intensiva, totalmente equipados com respiradores — fundamentais para o suporte à vida dos pacientes com maior comprometimento pulmonar. Também foram alocados leitos para suporte clínico, destinados aos pacientes que não necessitam de assistência ventilatória, mas precisam de monitoramento/observação intensiva.
Regulamentação das cirurgias eletivas na quarentena
Com o objetivo de reduzir a sobrecarga das unidades de saúde e liberar a ocupação de leitos para o atendimento de casos da COVID-19, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) havia determinado a suspensão dos prazos máximos para atendimento em regime de hospital-dia e internações eletivas, mas revogou a decisão em nota oficial no início de abril. No comunicado e em outras manifestações depois, a ANS enfatizou que as cirurgias eletivas e internações não estão proibidas.
Referência em cardiologia, neurologia e ortopedia, desde o início da pandemia o Hospital Lifecenter manteve a agenda do bloco cirúrgico aberta para os procedimentos considerados eletivos, isto é, que não constituem urgência e emergência e podem ser agendados.
“Em março e em abril realizamos procedimentos de tratamentos continuados e naqueles casos em que o médico declarou a necessidade de realização do procedimento, seguindo assim as regulamentações da ANS. Cirurgias oncológicas foram as mais recorrentes no primeiro mês da quarentena”, afirma Dr. José Américo.
