Plantio de árvores em Belo Horizonte cresce 72%

Foto: Rodrigo Clemente

Umas das capitais mais arborizadas do Brasil, com uma taxa de áreas verdes por habitante maior do que o preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), Belo Horizonte recebeu, no último período chuvoso, o plantio de cerca de 4,2 mil mudas de árvores. O número supera as mais de 2.420 árvores plantadas no ano anterior, um crescimento de 72,9% na comparação entre os dois períodos. A época das chuvas é entre os meses de outubro a abril, período em que a Prefeitura de Belo Horizonte, por meio dos vários órgãos envolvidos com a gestão ou a manutenção da arborização da cidade, planeja ações diversas de plantios.

As mudas plantadas são de várias espécies, com um tempo de crescimento que varia de 6 a 10 anos, dependendo da região e local. As espécies mais comuns são Aroeira Pimenta, Escumilha Africana, Resedá, Ipês (Amarelo, Rosa, Branco, Roxo), Pau Brasil, Magnólia, Quaresmeira e Sibipiruna.

Os plantios são realizados por intermédio das Gerências Regionais de Manutenção, vinculadas à Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap), que executam e vistoriam o serviço. As 4,2 mil mudas e árvores plantadas neste período chuvoso são fruto de compensação ambiental realizada nas nove regionais do município. Desse total, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) fez a destinação de cerca de 1,5 mil mudas para o plantio em vários parques administrados pela Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica.

Em parceria com outros órgãos, a SMMA também mantém projetos de incremento da arborização, como Montes Verdes e Agroflorestas Urbanas. “Mesmo com a pandemia, a Prefeitura de Belo Horizonte conseguiu manter o cronograma de plantio. Isso é muito importante para a melhoria da qualidade de vida da população. Além de amenizar o calor, as árvores plantadas adequadamente ajudam na recuperação de cursos d’água, reduzem cheias e contribui para a revegetação de áreas degradadas”, afirma o secretário municipal de Meio Ambiente, Mário Werneck.

De acordo com o diretor de Gestão Ambiental da SMMA, Dany Sílvio Amaral, a política de arborização e revegetação ganha força a partir do novo Plano Diretor, em 2019, pois a normativa prevê o resgate de serviços ambientais, a promoção da biodiversidade e a conexão de áreas verdes.

“Todos estes pontos influenciam a política de arborização urbana do município. Um destaque que podemos fazer no Plano Diretor é a criação de áreas de conexão ambiental. De forma geral, a normativa prevê a implantação de dois tipos de intervenções: as conexões verdes e as conexões de fundo de vale, que preveem a criação de uma rede de estrutura ambiental, por meio do incremento da arborização urbana”, afirma.

O técnico ressalta que existem regras, como as Deliberações Normativas (DN), para o plantio de árvores em vias públicas. “Sem a devida orientação, muitas árvores podem ser plantadas de forma inadequada ou pode-se utilizar espécies incompatíveis com o local. Por isso, é importante a autorização e acompanhamento técnico do poder público para evitar que um bem ambiental se torne um risco para a população”, completa.

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