Por do Sol no morro do Pai Inácio é um repouso da Chapada Diamantina

Foto: Ícaro Ambrósio

 

Ecologia, esporte e cultura. Essas são as facetas do Morro do Pai Inácio, a principal atração turística da Chapada Diamantina, no sertão baiano. Além do visual deslumbrante e imerso em um dos parques ecológicos mais conhecidos do mundo, o por do sol no monte é um repouso imperdível para quem é amante da natureza.

O Morro do Pai Inácio fica localizado no município de Palmeiras, no norte da Chapada Diamantina. O acesso é pela BR-242 (sentido Seabra). Para visita-lo, é mais fácil programar a estadia em Lençóis. A cidade fica a 30 minutos do morro e oferece uma grande estrutura de agências de turismo com guias e diferentes passeios.

Esse cartão postal fica a  1.120m de altitude e permite uma visão 360º da Chapada Diamantina. Para curtir bem esse roteiro, o que o deixa mais encantador é de fato assistir ao por do sol. A medida que a noite vai chegando, o sol fica cada vez mais distante no horizonte até o momento que a bolinha laranja some no fundo da paisagem. O crepúsculo leva 2 segundos e é emocionante de ver o Astro Rei desaparecer à vista.

O mais interessante é como as cores se misturam no céu. Como a paisagem é ampla, o escurecer começa leste e aos poucos vai dominando todo o céu. Se você olhar de trás para a frente, vai ver um emaranhado de cores que começa no azul escuro, passando por uma outra tonalidade de azul, para o roxo, vermelho, laranja até o pontinho amarelo do sol. É como se fosse uma pintura. Ao final, já sem luz (e de preferência aos pés do morro) o céu fica tão estrelado que nem é possível contar quantas estrelas. É revigorante!

E não bastasse toda essa performance natural incrível, ainda há uma história curiosa quanto o Morro.  Diz a lenda que um escravo namorada as escondidas a filha de um fazendeiro. Esse romance resultou em uma gravidez e, por conta disso, o escravo se viu obrigado a fugir e nunca mais voltar. Ele teria subido o morro, com capangas do fazendeiro atrás dele, e pulou de lá com um guarda-chuva aberto. Nunca mais ele foi encontrado – nem vivo e nem morto. Seu nome era Pai Inácio, daí o nome do monte.

A trilha é fácil. São cerca de 20 minutos de subida em um terreno íngreme e cheio de pedregulhos até chegar ao topo. Todo mundo pode fazer essa trilha – desde adultos à até mesmo crianças. Já se você for mais sedentário, vá devagar. Mesmo que seja montanhoso, o caminho é muito fácil de subir.

A visitação é aceita entre 8h e 18h, mas o mais interessante é subir ao final do dia para poder assistir ao deslumbrante por do sol. Agora, se a intenção é fazer um piquenique, vale a pena chegar mais cedo. Não há nascente de água lá em cima. Esse é um passeio recomendado para o ano todo, mas é mais interessante quando o tempo não estiver nublado. É cobrado um valor de R$ 20 por pessoa (valor de junho de 2017) para o acesso.

Além do Morro do Pai Inácio, a Chapada Diamantina esconde muitas outras belezas (que nem cabem num post só). Inclusive, algumas agências de viagem oferecem pacotes de passeios para visitações em pontos turísticos tão lindos quanto o Morro do Pai Inácio. Em um só dia é possível visitar a gruta da Torrinha, e observar as estalactites e estalagmites milenares, passar pelo Poço Azul, uma paisagem de águas azuladas perfeitas para uma foto, o Poço do Diabo, um ambiente para mergulho que termina num cânion estreito, e ainda a gruta da Torrinha, com um manancial de água cristalina e peixes com direito até a flutuação.

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