Precisamos mais do que apenas de líderes

O mundo contemporâneo está multiconectado. Conseguimos nos comunicar com grande parte dos cidadãos do planeta, todos estamos mais próximos, o que nos faz concluir que a Terra nunca foi tão pequena como é hoje. O Japão é apenas um vizinho um pouco distante, mas que levamos apenas alguns segundos – ou cliques – pra chegar até ele.

Essa proximidade é positiva, mas aumenta muito a nossa responsabilidade. Somos cidadãos cada vez mais globais, o que faz o “nosso quintal” ser bem mais extenso do que era antes. Nessa lógica, as grandes lideranças, sobretudo do mundo corporativo, precisam entender que o seu papel interfere muito além da própria grama. É daí que surge um ativo cada vez mais valioso em todo o mundo: o dos líderes sustentáveis.

A liderança sustentável consiste em conciliar harmonicamente a visão empresarial, focada na produção e nos resultados, e a ecológica, que prima por um olhar sensível às questões ambientais e sociais. O líder sustentável não se abstém do crescimento econômico, mas também não abre mão de conduzi-lo com base em princípios que superem a produção desenfreada.

E isso passa não somente por sua conduta corporativa. Embora esses líderes sejam os primeiros a dar o exemplo, compete-lhes também criar uma cultura interna de sustentabilidade, que se ramifica por todos os setores da empresa, desde os cargos situados na base da hierarquia até aqueles de alto escalão. Esse perfil vai ao encontro do que é chamado em inglês de environmental, social and governance (ESG) – na tradução, governança ambiental, social e corporativa.

Não é por acaso que a ESG está em voga nas grandes empresas. Ela consiste num equilíbrio que recoloca o lucro num mesmo patamar de respeito à coletividade, o que, por sua vez, consiste em zelar pela melhoria da qualidade de vida às pessoas, mesmo com as “chaminés em funcionamento”.

Isso se torna possível quando a gestão corporativa assume sua responsabilidade social em todos os aspectos – desde a conduta ética no ambiente administrativo, passando pela transparência nas relações trabalhistas e produtivas, até alcançar o ambiente externo, por onde perpassa a imagem positiva de uma empresa que trabalha também para a sociedade.

Muitos empreendedores podem se perguntar: ‘por onde eu começo?’. Minha sugestão é que seja pela sua essência e pela busca do conhecimento. Há muita coisa além do dinheiro que nos move, e que nos faz conscientes do nosso papel social. É a partir daí que se pode criar uma nova cultura dentro de cada empresa e é o passo inicial para que eclodam novos líderes sustentáveis preparados para o futuro.

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