Professores municipais repudiam cortes e devolução de pagamento

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Em audiência pública na Câmara Municipal, professores da rede municipal de BH reivindicaram um diálogo com a Prefeitura, para o retorno do contrato de dobras (extensão de jornada), cortadas no período; integridade do quadro de profissionais, sem o fechamento de vagas; e reabertura de matrículas. Na oportunidade, também contestaram a devolução do pagamento nos meses de abril, maio e junho à Secretaria Municipal de Educação.

A diretora do SindRede BH e professora da Escola Municipal Dom Orione e da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Alaíde Lisboa, Evangely Rodrigues, comentou o cancelamento de dobras, considerando que a medida impactou a sobrevivência dos professores e a organização das escolas. Ela falou sobre a desoneração da categoria nos últimos anos, com baixos reajustes e ausência de negociação, salientando que, hoje, é preciso reorganizar o teletrabalho dos professores.

Alaíde Lisboa durante o discurso por vídeo chamada (foto Bernardo Dias/CMBH)

Já Cléo Souza, da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Monte Azul, avaliou o corte de dobras como falta de atenção por parte da Prefeitura com as famílias dos alunos, levando em conta que a extensão de jornada cria vínculos com pais e familiares. Souza afirmou que o último concurso para professores da rede municipal, de educação infantil e ensino fundamental, foi realizado em 2013 e que totalizam-se, hoje, 6 mil profissionais, estando previstas várias aposentadorias até 2020, o que justifica, portanto, a extensão de jornada.

A professora ainda disse que o cancelamento das dobras não foi informado à categoria, nem tampouco a determinação de devolução dos salários à Secretaria Municipal de Educação, relativa ao pagamento dos meses de abril, maio e junho, equivalente a R$ 290,00 por mês. Destacou, ainda, que após o reajuste dos salários, em março de 2019, a classe não recebeu o valor retroativo referente à primeira parcela do décimo terceiro e a férias-prêmio. Desta forma, os professores pedem uma ajuda de custo, já que estavam em efetivo trabalho no período. Souza questionou, por fim, a adequação do quadro, com alunos sem matrícula efetiva.

A diretora do SindRede BH e professora /coordenadora do Programa Escola Integrada da Escola Municipal Zilda Arns, Diana Cássia Silva, reafirmou a necessidade de diálogo do Executivo com o SindRede e com os trabalhadores das escolas, que encontram-se fechadas. Salientando que o programa da Escola Integral já estava precarizado desde antes da pandemia, questionou as verbas da Prefeitura destinadas às escolas, afirmando que a alegação de falta de recursos não procede, pois o planejamento do orçamento já existia. Reiterou, também, a importância do teletrabalho junto à comunidade escolar.

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