Qual o teste de covid mais recomendado? 8 dúvidas sobre o procedimento

Foto: Agência Kangoroo

 

Há quase um ano e meio do início da pandemia de Covid-19, são vários os tipos de testes para detecção do vírus disponíveis no mercado. Com tanta informação a disposição, muitas pessoas ainda tem dúvidas sobre qual fazer e qual a ocasião necessária para realizar.

É bom esclarecer que devem fazer o teste aquelas pessoas com suspeita de estarem infectadas pelo vírus SARS-CoV-19, aquelas que tiveram contato com alguém doente, também as que precisam de deslocar por algum motivo necessário e ainda aquelas que trabalham com exposição. Entretanto, qualquer indivíduo pode fazer um teste sem prescrição médica.

Porém, vale ressaltar, que o teste não é um imunizante e não deve ser usado como atestado para flexibilização. Indiferente sobre a necessidade da realização do procedimento, conversamos com o diretor técnico do Laboratório Lustosa, Adriano Basques, que nos esclareceu um pouco mais sobre os exames para Covid-19. Veja!

Em qual momento é necessário realizar a testagem de COVID-19?
O principal teste indicado para a detecção da fase aguda da doença, ou seja, se a infecção está ativa, é a pesquisa de material genético do vírus causador da COVID-19 pela metodologia de PCR, comumente chamado de PCR para COVID.

O período recomendado para coleta é de 4 a 14 dias desde a suspeita de exposição ao vírus, ou entre o 3º e o 10º dia desde o início dos sintomas, ou ainda, enquanto durarem os sintomas. Pacientes sintomáticos com testagem entre o 9º e 14º, devem realizar, além do teste RT – PCR, o exame sorologia de anticorpos para COVID-19.

Outro teste, quando bem utilizado, é a pesquisa de antígenos (proteínas) do vírus causador da COVID-19. Este teste é realizado pela metodologia imunocromatográfica (teste rápido) e o resultado é obtido em até 1 hora. O período recomendado para coleta é até o 5º dia desde o início dos sintomas.

Adriano Basques, diretor técnico do Lustosa (foto: Agência Kangoroo)

Quais são os tipos de exame e qual é, basicamente, a diferença entre eles?
Podemos separar os testes em dois grandes grupos:

– Testes que identificam a doença ativa, ou seja, se a pessoa está infectada e se há chances de transmitir a doença. Os testes disponíveis são: a pesquisa do material do vírus causador da COVID-19 pelo método de PCR (PCR para COVID-19) e a pesquisa de antígenos pelo método imunocromatográfico (teste rápido).

– Testes que fornecem informações de exposição antiga ao vírus causador da COVID-19, também conhecidos como testes sorológicos. Estes testes fornecem apenas a informação se houve contato com o vírus no passado, e não devem ser utilizados para o diagnóstico da doença ativa. Dentre eles podemos citar a sorologia de anticorpos IgG e IGM, teste sorológico imunocromatográfico (teste rápido IgG e IgM), Sorologia para anticorpos IgG e pesquisa de anticorpos neutralizantes.

Como é possível identificar qual exame é preciso realizar?
Se você está com sintomas compatíveis com a COVID-19, o exame a ser realizado é o que identifica a presença do vírus, que são: Pesquisa do material genético do vírus pelo método de PCR (PCR para COVID-19) – que é o melhor exame para o diagnóstico –, ou a pesquisa de antígenos pelo método imunocromatográfico.

Caso não apresente sintomas, mas teve contato com pessoa com a doença confirmada, você deve realizar a pesquisa do material genético do vírus causador da COVID-19 pelo método de PCR (PCR para COVID-19) de 4 a 14 dias desde a suspeita de exposição ao vírus.

Testagem por conta própria, sem recomendação médica, é uma boa ideia?
Sim. O controle da pandemia é uma ação coletiva. Na vigência de sintomas compatíveis com a COVID-19 ou após contato com pessoa com doença confirmada, você deve realizar a pesquisa do material genético do vírus causador da COVID-19 pelo método de PCR (PCR para COVID-19) de 4 a 14 dias desde a suspeita de exposição ao vírus.

O resultado pode ser falso, tanto para positivo quanto para negativo? Se sim, o que significa esse resultado falso
Não existem testes laboratoriais que apresentem 100% de sensibilidade e especificidade. Em decorrência disso, resultados falso-negativos/positivos ou discrepantes entre testes distintos podem ocorrer.

Para resultados pelo método de PCR, um resultado falso-negativo pode ocorrer em virtude da baixa carga viral, por exemplo.

Já os testes sorológicos, que identificam anticorpos formados semanas após a exposição ao vírus, estes podem apresentar reações falso-positivas, devido a possibilidade de reações cruzadas, e também o falso negativo, devido a possibilidade do indivíduo ainda não ter formado anticorpos, ou quando formados em quantidades abaixo da capacidade de detecção.

Por que alguns testes aparecem como inconclusivos?
Quando não é possível afirmar o diagnóstico por meio da amostra analisada.

O que fazer quando obtiver um teste inconclusivo?
Na suspeita de infecção pelo coronavírus, repetir o teste o mais breve possível caso esteja dentro do período de detecção da doença ativa, ou seja, entre o 3º e o 10º dia desde o início dos sintomas. Pacientes sintomáticos com testagem entre o 9º e 14º, devem realizar, além do teste RT – PCR, o exame sorologia de anticorpos para COVID-19.

No geral, é correto afirmar que a testagem contribui para prevenir a circulação do novo coronavírus?
Os países que tiveram o maior sucesso no controle da pandemia foram os que mais testaram a sua população. Isso é fato. A testagem permite identificar rapidamente as pessoas que podem transmitir a doença e isolá-las das pessoas de convívio. Mas somente essa ação não é suficiente, pois é importante localizar todos os contatos que a pessoa infectada teve e identificar os indivíduos que foram contaminados e conduzir o isolamento.

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