Como escolher a escova de dentes ideal
31 de agosto de 2016ET de Varginha vira personagem em filme de animação
31 de agosto de 201605 de novembro de 2015, como esquecer esse dia! Foi nesta data o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. A tragédia foi considerada a maior catástrofe ambiental da história do Brasil e seus impactos são sentidos pela polução ribeirinha do Rio Doce até os dias atuais. E depois de tanta lama, no seu sentido mais literal, a Samarco, empresa que administrava a barragem, após 10 meses do acidente, finalmente assumiu que o empreendimento possuía falhas.
Chega a ser cômico, mas as causas do rompimento foram apresentadas durante uma conferência liderada pelo Engenheiro Civil Norbert Morgenster, representante de uma empresa canadense especializada em acidentes geológicos. O relatório apontou que uma série de erros não foram corrigidos, desde o ano de 2009, 01 ano após o início da construção da barragem. Foram estas falhas que enfraqueceram a estrutura e causaram o rompimento.
Segundo a Samarco, os problemas tiveram início no sistema de drenagem da barragem, o que levou à entrada de lama em áreas não previstas, e são agravados pelas obras de alteamento do maciço. Por causa da lama acumulada na ombreira esquerda, o recuo foi feito nesse ponto sobre uma base de lama, portanto instável. Por fim, três pequenos abalos sísmicos ocorridos 90 minutos antes da tragédia funcionaram como gatilho para o processo de rompimento, que já estava bastante avançado, como ficou constatado na investigação particular, nomeada de Painel de Revisão da Barragem de Rejeitos de Fundão.
Como resposta aos questionamentos, o especialista explicou que os problemas começaram no sistema de drenagem da barragem, com entrada de lama em áreas não previstas. O projeto original era depositar areia atrás do dique de partida e depois realizar o alteamento pelo método à montante para aumentar, de forma progressiva, a capacidade de armazenamento da barragem. A areia deveria conter a lama depositada de forma que os dois materiais não se misturassem e, para isso, uma “praia de areia”, de 200 metros de extensão, foi criada. Essa era a largura necessária para evitar que a lama chegasse próximo à crista da barragem, onde impediria a drenagem.