Samarco admite falha em barragem que rompeu após 10 meses

05 de novembro de 2015, como esquecer esse dia! Foi nesta data o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana. A tragédia foi considerada a maior catástrofe ambiental da história do Brasil e seus impactos são sentidos pela polução ribeirinha do Rio Doce até os dias atuais. E depois de tanta lama, no seu sentido mais literal, a Samarco, empresa que administrava a barragem, após 10 meses do acidente, finalmente assumiu que o empreendimento possuía falhas.

A imagem mostra a cidade de Bento Rodrigues que foi destruída pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco (foto: Márcio Fernandes).

Chega a ser cômico, mas as causas do rompimento foram apresentadas durante uma conferência liderada pelo Engenheiro Civil Norbert Morgenster, representante de uma empresa canadense especializada em acidentes geológicos. O relatório apontou que uma série de erros não foram corrigidos, desde o ano de 2009, 01 ano após o início da construção da barragem. Foram estas falhas que enfraqueceram a estrutura e causaram o rompimento.

Segundo a Samarco, os problemas tiveram início no sistema de drenagem da barragem, o que levou à entrada de lama em áreas não previstas, e são agravados pelas obras de alteamento do maciço. Por causa da lama acumulada na ombreira esquerda, o recuo foi feito nesse ponto sobre uma base de lama, portanto instável. Por fim, três pequenos abalos sísmicos ocorridos 90 minutos antes da tragédia funcionaram como gatilho para o processo de rompimento, que já estava bastante avançado, como ficou constatado na investigação particular, nomeada de Painel de Revisão da Barragem de Rejeitos de Fundão.

Como resposta aos questionamentos, o especialista explicou que os problemas começaram no sistema de drenagem da barragem, com entrada de lama em áreas não previstas. O projeto original era depositar areia atrás do dique de partida e depois realizar o alteamento pelo método à montante para aumentar, de forma progressiva, a capacidade de armazenamento da barragem. A areia deveria conter a lama depositada de forma que os dois materiais não se misturassem e, para isso, uma “praia de areia”, de 200 metros de extensão, foi criada. Essa era a largura necessária para evitar que a lama chegasse próximo à crista da barragem, onde impediria a drenagem.

 

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