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Setembro Amarelo: Saiba como identificar sinais e como ajudar a valorizar a vida

O mês de setembro é destinado a um importante debate na sociedade sobre a prevenção ao suicídio, uma das principais causas de mortalidade no mundo. De acordo com dados da OMS, o Brasil ocupa um triste 8º lugar em número de suicídios. O país registra cerca de 12 mil suicídios por ano. Esta é também a segunda causa de mortes entre a população jovem de 15 a 29 anos.

Criada pela Associação Brasileira de Pediatria, o Centro de Valorização à Vida e o Conselho Federal de Medicina, a Campanha Setembro Amarelo liga o alerta para os cuidados com uma série de sinais e sintomas do pensamento suicida. “A campanha tem como objetivo informar e conscientizar toda a população sobre a importância de se falar do tema, do cuidado com a saúde mental e, principalmente combater o preconceito que ainda existe sobre o assunto”, comenta Alessandra Barcelos Menezes, psicóloga da Fundação São Francisco Xavier, que atua no Hospital Márcio Cunha.

A psicóloga explica que existe relação entre os transtornos mentais e os pensamentos suicidas. Estima-se que 96% das pessoas que cometem suicídio sofrem com algum distúrbio mental. “A depressão, que é um mal do nosso século, é um dos principais fatores desencadeantes de tentativas de autoextermínio. Além disso, podemos citar o transtorno afetivo bipolar, a esquizofrenia e uso abusivo de drogas”.

As razões podem ser as mais diferentes possíveis, mas a depressão é uma doenças mais comuns associadas ao suicídio. Para a psicóloga Alessandra, o isolamento social e as sensações de medo vivida por muitos durante a quarentena deve ser observada com muito cuidado. “É imprescindível, mesmo em pandemia, que sejam tomadas precauções com a vida. Manter momentos de lazer, manter contato social mesmo que virtualmente. É importante buscar satisfação em alguma atividade ou tarefa diária e praticar atividades físicas”.

Sinais
A psicóloga ensina que é possível ajudar uma pessoa ficando atenta aos sinais que elas demonstram. “Existem que acendem o alerta para o problema. Quem verbaliza que não quer mais viver, que não tem perspectiva de futuro, uma hora pode chegar a concretizar a sua ameaça. Outros sinais é quando a pessoa perde o autocuidado, se isola de tudo, tem alterações no comportamento e no humor. Tudo isso precisa ser observado pela família, amigos e pessoas próximas”. E acrescenta. “O mais importante é apoiar, buscar ajuda especializada de profissionais da área de saúde mental para manter o cuidado e a valorização da vida”.

Conheça alguns mitos e verdades sobre o suicídio:

Quem avisa que vai se matar, não faz.
MITO: A maioria das pessoas que acabam tentando o suicídio já verbalizaram em algum momento ou deram sinais mudando de comportamento.

Quem tenta várias vezes o suicídio, não vai se matar realmente.
MITO: quem já fez mais de uma tentativa, está no grupo de maior risco de suicídio.

A melhora da saúde mental elimina o risco de suicídio.
MITO: casos de suicídio podem ocorrer até 3 meses após a melhora do estado emocional.

Existem pessoas imunes ao suicídio.
MITO: qualquer pessoa pode desenvolver ideias, ações suicidas ou tentar o suicídio.

Falar sobre o suicídio pode encorajar o suicida.
MITO: ao contrário do que se imagina, falar sobre o suicídio é dar oportunidade para a pessoa desabafar e pedir ajuda.

Alguns fatores podem contribuir para o suicídio.
VERDADE: crises econômicas, discriminação por orientação sexual, agressões físicas e psicológicas, sofrimento no trabalho, entre outros, podem contribuir para o suicídio.

Suicídios são premeditados.
VERDADE: na maioria das vezes, são premeditados, e as pessoas dão sinais de que irão cometer o ato.

A falta de autocuidado pode provocar o suicídio.
VERDADE: a falta de autocuidado ou a redução dele pode ser determinante para o suicídio.

Nem todos os suicídios estão associados a outros casos na família.
VERDADE: embora casos de suicídio na família sejam fatores importantes, alguns casos não estão associados com histórico familiar.

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