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9 de setembro de 2016Duas fotos de capivaras que, supostamente, tem sido vítima de maus tratos nos arredores da Lagoa da Pampulha, tem dado o que falar na internet. As imagens chamam atenção pela situação na qual os bichinhos foram encontrados.
As fotos apareceram nas redes sociais por volta do dia 06 de setembro. A primeira imagem mostra uma das capivaras amarada a uma árvore por uma corda e, aparentemente, fazendo força para se desprender das amarras. A segunda é ainda mais triste – o animal aparece com um ferimento grande que expõe parte dos músculos do animal. A mesma tem raspões nos pelos por várias partes do corpo.
Adriana Araújo, responsável pelo Movimento Mineiro pelos Direitos dos Animais e especialista no assunto, encontra um responsável para a situação. “É visível e incontestável a ação humana que provocou a grave ferida exposta, devido ao seu formato. Além da dor dessa ferida, a capivara está sendo comida por bicheiras e morrerá lentamente, agonizando de dor”, explica.2
Polêmica das Capivaras da Pampulha
Não é de hoje que estes amiaizinhos tem sofrido. Em 2014, a PBH retirou 52 capivaras que habitavam a orla da Lagoa da Pampulha e tentaram as reloca-las em locais similares a seu habitat. Destas, 38 não restiram a mudança e morreram.
02 anos depois, a população de capivaras torna crescer na Pampulha e com ela retorna também os diagnósticos de febre maculosa, doença causada pelo carrapato estrela, um parasita atraído pelos bichinhos. Segundo o Ministério da Saúde, a doença é infecciosa, febril aguda, de gravidade variável, cuja apresentação clínica pode variar desde as formas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade. Ou seja, a febre maculosa, mata.
Exemplo disso foi a morte de um garoto de 10 anos que vistou os arredores da Lagoa da Pampulha em um domingo, passou mal no dia sucessor e faleceu na terça-feira, 02 dias após a visita. O caso aconteceu nas vésperas em que as fotos viralizaram.
A verdade é que estas capivaras causam problemas e as autoridades de Belo Horizonte não têm encontrado uma solução viável que não afete nem a saúde pública e nem o meio ambiente.