Sylvio Coutinho mostra Belo Horizonte na Casa Fiat de Cultura

A Casa Fiat de Cultura inicia as homenagens aos 120 anos de Belo Horizonte, a serem comemorados ao longo de 2017, com imagens da capital mineira repletas de beleza e imprevisibilidade. Na exposição multimídia Sylvio Coutinho mostra Belo Horizonte na Casa Fiat de Cultura, que ocupará o hall principal da instituição de 6 de junho a 30 de julho, o público terá a oportunidade de apreciar 27 fotografias, 65 gravuras do multiartista, além de vídeos e réplicas em 3D de monumentos históricos de Belo Horizonte. A mostra, com entrada gratuita, também marcará o lançamento do livro de Sylvio, BH 120.

Sylvio Coutinho mostra Belo Horizonte na Casa Fiat de cultura (foto: divulgação).

Com curadoria de Marcelo Xavier, a exposição reúne um conjunto bastante heterogêneo de imagens. Há registros do trânsito, de domingos no parque, de street art, de residências particulares que parecem conservar a antiga atmosfera de sossego, de paisagens do hipercentro, e, é claro, de belos ângulos de símbolos da cidade, como o Viaduto de Santa Tereza, a Basílica de Lourdes, o Parque Municipal, a Casa JK e os ipês da Praça da Liberdade. Um dos pontos marcantes da mostra, porém, se refere à presença de paisagens urbanas que não estão estampadas em cartões postais, mas que fazem parte da memória visual dos moradores de Belo Horizonte, como a sujeira das ruas, a aglomeração de cartazes publicitários em muros e edificações em ruínas, além de paredes com pichações, tijolos aparentes em aglomerados e favelas.

“Traduzir essa cidade, que não para pra posar, em linguagem artística da fotografia, não é fácil. Sylvio Coutinho o fez e retrata Belo Horizonte de dentro pra fora, clicando sua alma. Esta é a Belo Horizonte que Sylvio Coutinho preparou, cuidadosamente. Com o olho mágico da sua câmera pendurada no pescoço, com o tempero da sua sensibilidade, em giros de bicicleta pelas ondulações da cidade, ele nos serve esta mostra, quando a capital comemora seus 120 anos de fundação”, ressalta o curador Marcelo Xavier.

A exposição sugere que uma cidade é feita de muitas outras cidades. Dentro dela, há diversos mapas mentais, esquinas marcadas pelo valor afetivo, trajetos escolhidos por motivos subjetivos e enquadramentos feitos com os olhos de quem enxerga beleza no cotidiano. Luxo, pobreza, pessoas, carros, bicicletas, praças, prédios centenários, arranha-céus contemporâneos, árvores e sujeira: tudo isso é uma cidade. Tudo isso é Belo Horizonte.

Postagens Recentes

  • Artigos

A medicina é para os humanos

O autor é Dr. Felipe Villaça, cirurgião plástico da FVG Cirurgia Plástica e diretor técnico…

  • Em BH

Projeto Experimente inicia sequência de eventos para comemorar 10 anos

“Sempre acreditei que em Minas Gerais havia um mercado enorme para a cerveja artesanal, muito…