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26 de agosto de 2016É incrível como a tecnologia muda o cotidiano das pessoas e os espaços públicos. Um exemplo disso é como o game Pokémon Go tem modificado a forma como a Praça da Liberdade, no bairro de Lourdes, região Centro-sul de Belo Horizonte, é usada pelos visitantes.
Após o lançamento do jogo, no dia 02 de agosto, multidões se arrastam diariamente até o cartão para jogarem. Chega a ser assustador o número de pessoas caçando os pokemons. Quem, antes do game, tinha o hábito de ir a Liberdade, hoje se diz assustado e que não estava acostumado com tantos frequentadores, a não ser em dias de eventos.
Este é o caso de Maria Estela Nogueira, aposentada que mora nos arredores do ambiente. “Eu nunca vi isso! Sempre venho a praça para caminhar e nunca vi isso. É muita gente. Coisa que não tinha antes. As vezes a praça fica lotada, mas isso só acontecia em dias de eventos, como a Virada Cultural. Agora tem muita gente todos os dias”, comenta a moradora.
A explicação para essa atitude é simples. Os criadores decidiram colocar vários pontos de aparições dos monstrinhos digitais nos arredores da praça da Liberdade. As chamadas pokestops servem para fomentar a caçada e causa a movimentação dos jogadores no locais. Outro fator é a aparição de pokemons raros, os quais não são vistos por todos os lados. Um exemplo é o picachu, o mais famoso de todos. Também está fixado um ginásio, no Edifício Niemeyer, utilizado para batalha entre os jogadores.
Tanta movimentação também deixa suas polêmicas. A primeira é sobre o desgaste das dependências da praça. Arvores, bancos e principalmente o gramado tem ficado gravemente danificados por causa das caminhadas e da formada que os ‘caçadores’ usam o espaço. Outra queixa é feita pelas pessoas que usam a Liberdade para praticar exercícios físicos. Essas atividades, segundo os frequentadores, tem sido prejudicada pelo tumulto que os jogadores causam.