Vereadores querem frente de trabalho municipal contra desemprego

Foto:  Pisxabay

 

Os vereadores de Belo Horizonte estão preocupados com o índice do desemprego na cidade. A Indicação 389/20, que sugere à Prefeitura a criação de uma frente de trabalho para minorar os efeitos socioeconômicos da pandemia de Covid-19 na capital, suscitou uma discussão sobre o tamanho e o papel do Estado, que remete às correntes de pensamento econômico neodesenvolvimentista e liberal, durante reunião da Comissão de Direitos Humanos e Defesa do Consumidor.

Protagonizaram o debate o vereador Gilson Reis (PCdoB) e a vereadora Bella Gonçalves (Psol), que defenderam a criação de postos de trabalho pela PBH como forma de enfrentamento da crise econômica, e o vereador Dr.Bernardo Ramos (Novo), que, contrário à medida, criticou a intervenção do Estado na economia e defendeu que cabe ao mercado decidir livremente acerca da oferta de empregos. Diante desse cenário, os vereadores Pedro Patrus (PT) e Gilson Reis apresentaram a Indicação 389/20, que sugere à Prefeitura a criação de uma frente de trabalho para minorar os efeitos socioeconômicos da pandemia de Covid-19 em Belo Horizonte.

A proposta prevê a absorção de trabalhadores pela PBH em tarefas de auxílio ao Município por meio de contratos semestrais de salário mínimo. A indicação foi aprovada com quatro votos favoráveis – além dos autores, a vereadora Bella Gonçalves e o vereador Maninho Félix (PSD) votaram favoravelmente – e o voto contrário do vereador Dr. Bernardo Ramos.

Para Gilson Reis, a alternativa à adoção de políticas econômicas neodesenvolvimentistas, com a intervenção do Estado na economia, como vem acontecendo nos EUA, Europa e Canadá como forma de superação da crise do novo coronavírus, seria o aprofundamento da atual crise do sistema de produção capitalista, o que levaria as pessoas a ficarem sem trabalho, emprego, renda e comida, abrindo espaço até para saques. O parlamentar apontou que diversas nações, na atual crise, vêm aumentando o grau de intervenção do Estado na economia, inclusive, distribuindo renda a seus cidadãos, como é o caso dos EUA, que garantiram US$ 1.200,00 recentemente a pessoas em situação econômica complicada.

A vereadora Bella Gonçalves concordou com Reis ao argumentar que cada recurso investido em renda básica para cidadãos em situação vulnerável gera uma movimentação muito profunda da economia local. A parlamentar assinalou que a Espanha, por exemplo, aprovou uma renda mínima vitalícia para todas as famílias que necessitarem dessa política como resposta para a atual crise. Bella Gonçalves também apontou que a intervenção do Estado poderia ajudar a recuperar setores estratégicos na cidade com capacidade de gerar empregos, citando a construção civil, o saneamento básico e a reconstrução de áreas periféricas da capital afetadas pelas chuvas do último verão. Além disso, a parlamentar lembrou que há a necessidade de produção de equipamentos de proteção individual no contexto da pandemia e apontou que a demanda por EPIs poderia abrir oportunidades de trabalho e renda a partir da ação da Prefeitura.

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