Alice no País das Maravilhas para as crianças
28 de fevereiro de 2018Sinduscon-MG questiona percentual de multa nos casos de distratos de imóveis
28 de fevereiro de 2018A Academia Mineira de Letras (AML) e a Escola Brasileira de Psicanálise (EBP – MG), por meio de uma parceria, lançam o programa “Lacan na Academia – conversando com a literatura”, série de sessões de literatura comentada por importantes psicanalistas, como Antônio Teixeira, Sérgio de Castro, Márcia Rosa e Ram Mandil e convidados. As sessões pretendem abordar interseções entre a literatura e a psicanálise, em encontros mensais, durante todas as terceiras quartas-feiras de cada mês, às 19h30, no auditório da AML.
A iniciativa parte do pressuposto de que bem antes da psicanálise, a arte da literatura faz pousar na letra o que não cessa de não se escrever na vida. Ambas se servem da letra como uma instância e testemunham como escrever é, para o ser falante, um esforço de fixar algo pela ficção da escritura. Afinal, o que conta numa análise é a forma singular como cada um articula palavras e silêncios ao que se lembra e ao que esquece e, consequentemente, ao que se escreve.
Os eventos fazem parte do programa Casa da Palavra – Plano Anual de Manutenção AML, realizado mediante a Lei Federal de Incentivo à Cultura, com patrocínio do Instituto Unimed-BH, por meio do incentivo fiscal de mais de 4,7 mil médicos cooperados e colaboradores. A Academia integra o Circuito Liberdade.
O que o encontro da psicanálise e da literatura pode provocar é o ponto de partida que anima a parceria entre a EBP-MG e a AML. “É importante notar que o psicanalista ao contrário do que se pensa, não é aquele que escuta: é antes aquele que lê no que ouve a escritura de um desejo, ou de uma vontade, de gozo que pulsa no corpo falante enquanto tenta encontrar, na estrutura da linguagem, um modo de o bem dizer”, explica Fernanda Otoni – membro da EBP-MG.
Nesta primeira edição, serão quatro encontros sob o tema “O feminino, seus corpos e mundos”, por meio da leitura de autores brasileiros, do século XX, que permitirão levantar o véu do prenúncio da expressão do feminino fora das bordas e bordados da intimidade do lar. Os encontros propõem verificar se o feminino já pulsava instalado no corpo literário de Nelson Rodrigues, Oswald de Andrade, Guimarães Rosa e Clarice Lispector.