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30 de junho de 2023Alimentação equilibrada, medicamentos e até cirurgias estéticas: o ser humano encara um vale-tudo nas tentativas de permanecer – ou pelo menos parecer – mais saudável. Mas nada, absolutamente nada disso é capaz de levar de fato à longevidade com a mesma eficácia das atividades físicas. É claro que alimentar-se bem faz parte do pacote de iniciativas necessárias para quem deseja protelar a vida pelo máximo de tempo possível, mas com a atividade física o resultado é muito superior.
Dá até pra falar em números. No ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) realizou um amplo estudo até chegar à conclusão: os adultos devem fazer, no mínimo, entre 150 e 300 minutos de atividade moderada ou 75 a 150 minutos de atividade física intensa por semana para começar a molhar os pés na fonte da juventude. Quem conseguir ultrapassar esse tempo, ainda consegue melhores resultados em termos de longevidade.
As análises com os mais de 116 mil adultos, bem como os resultados, foram publicados na revista Circulation, da Associação Americana do Coração. A abordagem fez cruzamentos de informações a partir de relatos de entrevistados sobre suas atividades de lazer ao longo de 30 anos. Por meio dessas informações, foi possível estimar o tempo e a intensidade do exercício e a taxa de mortalidade.
De fato, isso comprova que a atividade física ainda é o Graal que a humanidade insiste em procurar para elevar o tempo de vida. Muito além do estudo da OMS, existem dezenas de milhares de estudos paralelos que chegam ao mesmo resultado: praticar exercícios regularmente melhoram de forma significativa o funcionamento do organismo num todo, incluindo nisso não apenas o fortalecimento muscular mas também a manutenção e melhoria da mobilidade, da respiração e até das condições cognitivas.
Mantém-se também, por essas pesquisas, a máxima do corpo são, mente sã. Com efeito, a atividade física também garante pontos à saúde mental, eleva a autoestima e permite uma vida saudável por mais tempo. Já que estamos falando de longevidade, torna-se inevitável falar das condições na terceira idade. Isso torna a autonomia do idoso mais prolongada, bem como sua capacidade de pensar e de executar movimentos. Como um atleta, o indivíduo dispõe de maior preparo para superar as limitações da idade e de perpetuar seu ápice por maior tempo possível.
O envelhecimento faz parte da vida, e, pelo menos por enquanto, ainda é inevitável. O processo de enfraquecimento e de perda de massa muscular, de colágeno e de performance do organismo são impactados pelo tempo. Mas um corpo ativo, que luta pela própria perpetuação da sua existência, mostra que o esforço não é em vão. Embora a derrota seja certa, a batalha pela longevidade vale muito a pena.
O autor é Dr. Celso di Lascio, médico da You Saúde