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27 de agosto de 2020Foto: Adobe Stock
A dor na coluna é um mal que afeta milhares de cidadãos em todo o mundo. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 80% das pessoas até 45 anos reclamam deste problema. E a situação pode ter se agravado com a pandemia em 2020.
O Google Trends registrou um aumento nas pesquisas por “dores nas costas” em abril e a manutenção do interesse no tema nos meses seguintes. Entre as buscas realizadas, as cinco mais comuns estão ligadas à dúvida sobre o problema ser ou não um sintoma do novo coronavírus.
Mas os dados também podem apontar outra situação: a necessidade de manter uma boa postura no trabalho, inclusive se for em casa. Com a adoção forçada do home office durante a pandemia da Covid-19, muitas pessoas tiveram que improvisar por não possuírem infraestrutura de ergonomia apropriada, como costuma ser disponibilizada pelas empresas. O cenário aponta para a necessidade de entender melhor os sintomas, saber quando procurar um ortopedista e quais as formas de prevenir e cuidar da coluna.
Causas e sintomas das dores na coluna
Trabalhar sentado na cama, sem encosto ou apoiado na parede, no sofá com o notebook no colo. Improvisar um local onde o corpo não estará acomodado corretamente.
Tudo isso vai contra a orientação dos especialistas de que manter a postura adequada ao ficar horas sentado deve ser prioridade.
O estresse e a tensão com o trabalho também colaboram para caracterizar um quadro de desconforto que leva ao aparecimento ou agravamento de dores na coluna. Se as dores permanecerem por mais de um mês, começarem a irradiar para as pernas, com formigamento nas pernas e/ou nos braços, chegando a afetar pescoço e ombros, é necessário buscar atendimento médico.
Dependendo dos sintomas apresentados, o paciente poderá ser encaminhado para realizar exames, como tomografia ou ressonância magnética (RM), para que seja possível visualizar e analisar as diferentes estruturas da região.
Uma RM cervical, por exemplo, verifica a ocorrência de problemas no pescoço. Já a RM Lombar mostra imagens da porção inferior das costas. Estes exames costumam ser indolores e rápidos. A pessoa fica imóvel por alguns minutos no aparelho para uma melhor obtenção das imagens, e a necessidade do uso de contraste é definida pelo médico.
Com diagnóstico determinado, o ortopedista pode indicar o melhor tratamento a ser feito com remédios e fisioterapia, outras opções não cirúrgicas ou cirurgias. A automedicação não é recomendada: analgésicos e relaxantes só com prescrição médica.
Os profissionais da área também tendem a incentivar mudanças no estilo de vida e a adoção de medidas preventivas.
Prevenir é melhor que remediar
Algumas orientações ajudam a organizar o ambiente de quem precisa trabalhar em casa. Basicamente, trata-se de buscar equipamentos adequados e manter a coluna reta.
Uma cadeira ergonômica, confortável para a coluna, com encosto, se possível, alto; apoio para os braços e forma de ajustar a altura para o posicionamento das pernas no chão. Os pés não devem ser estendidos para trás.
Computador, celular ou laptop deve estar à altura dos olhos, mantendo distância da tela, com boa iluminação para que a pessoa não precise se inclinar para frente. Antes de começar a trabalhar, recomenda-se respirar fundo e fazer alongamento da musculatura dos braços, pernas e tronco.
O ideal é interromper o trabalho por alguns minutos, no máximo a cada hora, para outro alongamento, caminhar pela casa ou se deitar um pouco. Isso atenua a sobrecarga nas articulações. Também é fundamental praticar atividades físicas. Uma bolsa de água quente enrolada em uma toalha na região cervical ou na lombar ajuda a amenizar dores e tensão.