A flexibilização que irá permitir a retomada da atividade comercial não essencial na cidade está fora do radar da equipe que integra o Comitê de Enfrentamento a pandemia da COVID-19 em BH. A afirmação é do médico e professor da UFMG Unaí Tupinambás, que integra o comitê da PBH, durante audiência pública realizada pela Comissão Especial de Estudo para Enfrentamento da Covid-19.
O R0 (pronuncia-se Rzero) ou RT é o índice básico de transmissão do vírus e aponta para o número de outras pessoas que um indivíduo infectado vai contaminar. Ou seja, se o R0=2 indica que uma pessoa infectada deve transmitir a doença para outras duas. Assim, apenas quando o R0 for inferior a 1, por ao menos duas semanas seguidas é que a epidemia começa a ser vencida, e a atividade comercial pode ser gradativamente retomada.
Segundo o médico Unaí Tupinambás, que informou que Belo Horizonte já teve taxas de 1.11, quando foi decidido pelo refechamento do comércio, e agora vem apresentando taxas decrescentes. “Ontem estávamos com uma taxa de 1.07. Vem caindo, é verdade, mas acima de 1 ainda é problema. Se colocarmos este R0 em 0,5, por exemplo, vencemos a epidemia em questão de semanas”, explicou.
Unaí ainda esclarece que além das medidas que foram tomadas lá atrás, no início do mês de março, para o fechamento do comércio, a rede de saúde estruturada e de boa qualidade tem permito bons resultados à cidade. Além disso, de acordo com o professor, a rede pública de saúde tem conseguido se preparar abrindo novos leitos de CTI e enfermaria. “A Prefeitura abriu 20 ontem, sete hoje e até final da semana que vem serão mais oito, mas mesmo sem abertura de leitos, a taxa de ocupação no fim de semana caiu de 92% para 89%”, contou Unaí, que lembrou que não é possível só abrir leitos e relaxar, mas manter a vigilância e prevenção enquanto o vírus estiver circulando.
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