Hospital da Baleia é destaque em transplantes renais pediátricos

Observar alterações comportamentais ou físicas que impactam na rotina das crianças pode salvar vidas. O “Dia Mundial da Infância” – comemorado em 21 de março – é especial por ser dedicado ao cuidado com os pequenos e, principalmente, por orientar os pais sobre a importância de estarem atentos à saúde dos filhos. A data é significativa por valorizar a dignidade das crianças, que têm o direito de viver num ambiente saudável e receber atendimento de saúde de qualidade.

Um pequeno sendo atendido no Hospital da Baleia (foto: Baleia imagens).

No Baleia – que tem como missão o cuidado com a saúde dos pequenos – esse dia será ainda mais marcante para os pacientes mirins que precisam de transplante renal. A partir de agora, a instituição é referência do Hospital das Clínicas da UFMG para a realização de transplantes renais pediátricos. A expertise nos transplantes da especialidade para adultos será aplicada no atendimento às crianças.

O Baleia foi selecionado pelo HC por ser referência estadual na realização do procedimento, pelo serviço de excelência prestado pela Nefrologia e possuir equipe e médico transplantador qualificados. A parceria envolve, também, a troca de conhecimentos, visto que o urologista do HC irá ao Baleia nos dias de transplante para aprender a técnica utilizada no hospital.

A expectativa é que sejam operadas, em média, 30 crianças por ano. A gerente de Enfermagem do Baleia, Cynthia Lloyd, reforça que o hospital tem capacidade para atender ainda mais pacientes: “estamos preparados receber quantos casos forem necessários e felizes pelo reconhecimento à instituição e ao nosso trabalho”. Considerada pela Sociedade Brasileira de Nefrologia a mais completa alternativa de substituição da função renal, o transplante renal em adultos é feito desde 2002 no Baleia.

Reinserção social das crianças
Outro serviço oferecido pelo hospital que garante qualidade de vida e ajuda na reinserção social dos pacientes mirins é o Centro de Tratamento e Reabilitação de Fissura Labiopalatal e Deformidade Craniofacial (Centrare), que atende crianças com lábio leporino e fissura palatal até chegarem à vida adulta. Em Minas Gerais, apenas o Baleia e outro hospital em Alfenas são credenciados para realizar esse serviço pelo SUS. Médicos, ortodontistas, psicólogos, fonoaudiólogos e enfermeiros prestam atendimento integral para tratar de questões funcionais, estéticas e psicológicas dos pacientes.

Em 2017, a instituição foi responsável por 53% dos atendimentos da especialidade no Estado. Ao todo, foram 5.667 atendimentos para 932 crianças, sendo 398 cirurgias, 214 internações, 3.394 atendimentos da equipe multidisciplinar e 379 atendimentos ortodônticos feitos em parceria com a PUC Minas.

O lábio leporino e a fissura palatina são aberturas na região do lábio e do palato (céu da boca), ocasionadas pela malformação destas estruturas. A deformidade é congênita e acomete 1 em cada 650 crianças nascidas no país. De acordo com a coordenadora da Unidade Pediátrica do Hospital da Baleia e pediatra especialista em genética, Dra. Eugênia Valadares, a expertise da equipe multidisciplinar do Centrare tem transformado milhares de vidas.

“O estudo genético para compreensão do diagnóstico e a avaliação da qualidade da gestação dos bebês que nascem com deformidades craniofaciais são imprescindíveis para o sucesso do tratamento. A gestante que usa medicamentos, álcool ou drogas estão mais propensas a ter filhos com a deformidade. Só fazendo um estudo completo do caso, avaliando a genética de cada paciente é possível conseguir dar o diagnóstico e a assistência adequados”, comenta Dra. Eugênia

Observar os filhos é fundamental
Mudanças na alimentação, hábitos de sono ou indisposição para a realização de atividades rotineiras podem ser um alerta para a visita ao pediatra. Os pais precisam também criar o hábito de tocar seus filhos, observando massas ou manchas na pele. Esses cuidados e a busca pela ajuda de um especialista são imprescindíveis, por exemplo, para o diagnóstico precoce do câncer infantil, cujos sintomas são facilmente confundidos com os de outras doenças comuns da infância.

A Dra. Eugênia Valadares esclarece que o câncer infantil é raro, mas é responsável por parcela significativa de morte na faixa infantojuvenil, especialmente entre 0 e 5 anos: “os canceres mais frequentes em pediatria são as leucemias, os tumores do sistema nervoso central, os linfomas, os tumores abdominais (neuroblastoma e tumor de Wilms) e tumores ósseos. O diagnóstico precoce, no entanto, é muito importante para o prognóstico, que tem melhorado acentuadamente nas últimas décadas. Quando diagnosticamos a doença precocemente, as chances de cura ficam em torno de 70%”, diz a ela.

A Oncologia Pediátrica do Hospital da Baleia trabalha durante todo o ano para conscientizar os pais e acompanhantes da importância de estarem atentos aos filhos, destacando que o apoio deles pode fazer toda diferença no tratamento. O serviço atendeu, em 2017, 217 crianças, totalizando 2.548 atendimentos, 240 cirurgias, 318 internações e 1.117 sessões de quimioterapia.

 

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