Criadouro de dedilhar
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20 de julho de 2018Com o objetivo de oferecer um espaço de interatividade, aprendizado na área da saúde e relacionamento entre os integrantes do grupo, o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), do Centro de Saúde Ermelinda, promoveu a publicação do livro “Feito à Mão”. A proposta, que já vinha sendo desenvolvida há alguns meses, abordou temas associados à saúde dos participantes, em sua maioria idosas. O livro foi escrito e ilustrado à mão pelas usuárias e os profissionais de Centro de Saúde, colaboraram na organização e montagem.
Composto por profissionais de Psicologia, Terapia Ocupacional e Fonoaudiologia, o grupo do NASF Feito à Mão, nome também dado ao livro artesanal, é direcionado para pessoas acima de 40 anos e trabalha com a socialização e interesse por trabalhos manuais. As reuniões são realizadas semanalmente às terças-feiras e as participantes compartilham seus talentos, além da vontade de aprender e o companheirismo.
A proposta de criação do grupo partiu de agentes comunitárias de saúde (ACS) que reuniram as primeiras participantes para ensinar artesanatos. “Nós esperamos que os usuários não procurem o centro de saúde somente quando estão adoecidos, mas que encontrem aqui, um espaço de partilha, de cuidado, promoção à saúde e convivência”, aborda a psicóloga Fernanda Borges, uma das responsáveis pelo grupo.
A amizade entre as participantes cresce a cada dia. Segundo a participante do grupo Luiza Maron, 79 anos, o coleguismo é tão grande que quando uma falta as outras ficam preocupadas. “Você admira a colega, aprende com ela, empresta um pouco do que você sabe, emocionalmente é muito bom! Quando uma amiga não vem, todas sentem falta”, disse ela. “Aqui é muito bom, eu venho também para bater papo e fazer trabalhinhos junto com as colegas, a gente se diverte bastante”, contou Cecília Venturim, de 60 anos.
Gerente do Centro de Saúde Ermelinda, Renata Castriota explica que a partir de palestras sobre diversos gêneros da saúde, as reuniões orientam e despertam o interesse, além de cultivar bem-estar para quem se envolve. “A recepção é sempre muito importante. Nossa função é dar abertura para poderem contar não somente com um espaço de tratar doenças, mas de promoção à saúde e consideração mútua”, explica Renata.
“O propósito é acolher e auxiliar as senhoras que ficam em casa sozinhas. Algumas chegaram com depressão, porém, ao longo dos encontros se renovaram sem precisar dar continuidade aos remédios”, concluiu a agente comunitária de saúde, Luciana Parreiras.