Compliance é o futuro inevitável das empresas de ![logística]
29 de março de 2023Banda Bistrô lança primeiro EP de seu álbum de estreia, “Bistrô Ao Vivo”
29 de março de 2023Quem depara com os números do mercado pet no Brasil não imagina que o país enfrentou uma grave crise financeira que ainda não foi totalmente dissipada. O desemprego, a inflação e os juros altos ainda dão as caras, mas tudo isso parece virar poeira quando o pano de fundo é o mercado de animais domésticos. Em plena pandemia do coronavírus, o faturamento do setor já era impressionante. Em 2022, a tônica ainda foi de crescimento.
De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o setor registrou um faturamento de R$ 41,9 bilhões no ano passado, cifra 17,2% maior do que em 2021. Destes, cerca de 80% – algo próximo de R$ 33 bi – são especificamente do nicho de ração animal, o chamado pet food. Além disso, os produtos veterinários movimentaram R$ 5,9 bilhões, enquanto os produtos de higiene e bem-estar para pets tiveram uma receita de quase R$ 2,7 bilhões.
Vale ressaltar que houve um boom de novos donos de pets no Brasil a partir de 2020, quando eclodiu a Covid-19. O isolamento levou muitas pessoas que nunca tiveram um animal doméstico a adotar a ideia como forma de diminuir a solidão. No ano passado, a própria Abinpet já havia identificado um crescimento populacional na ordem de 3,9% para cães e de 5,9% para os gatos. Por isso, há claramente um mercado aquecido em decorrência do crescimento no número de pessoas que possuem um pet em casa.
Mas essa não é a única explicação para justificar os números positivos. Em 2021, por exemplo, o Brasil respondia por 4,5% do mercado pet global, cujo faturamento foi de US$ 139,2 bilhões. O país aparece atrás apenas dos Estados Unidos (44,8%), Alemanha e Reino Unido (cada um com 4,6%) e vem empatado com o Japão. Isso significa que há uma competitividade e uma oferta ampla de produtos e serviços para pets em curso.
De fato, é preciso destacar que o mercado nacional está concatenado com as inovações internacionais, o que também proporciona mais tranquilidade para que os donos de pets se sintam estimulados a gastar com seus animais. A criatividade é uma marca registrada de empreendedores que demonstram conhecer bem as necessidades e os anseios de quem possui um cão, um gato ou mesmo um animal exótico dentro de casa.
Ainda assim, mesmo diante de tudo isso, a performance do setor poderia ser bem melhor. A carga tributária aplicada ao mercado pet no Brasil é a principal mazela, principalmente quando comparada a de outros países. Por aqui, a tributação sobre os produtos e serviços gira em torno de 51,2%, contra 18,5% dos impostos europeus e de 7% dos Estados Unidos.
Vivenciamos, portanto, um desserviço governamental a um dos segmentos que ajudaram a manter as contas do país a salvo durante a crise financeira. Por esta razão, é possível compreender por que os Estados Unidos geram uma enorme fatia do mercado pet. Apesar dos pesares, o desprendimento e a criatividade dos empreendedores brasileiros, aliados à sua coragem e ao amor aos animais tornou o nosso mercado algo bom pra cachorro.