Mês da mulher: advogada conta como desafios e conquistas durante a carreira

Foto: Lett Souza

 

Sabemos que a mulher moderna é multi tarefa. Ela consegue conciliar a rotina profissional com a maternidade e afazeres domésticos. Não por isso, elas tem menos tempo para alvancar suas carreiras. No seguimento de algumas profissões, a equidade de gênero já uma realidade.

Um exemplo é quando o direito. No Brasil, de acordo com a Ordem dos Advogados (OAB), existem 1.287.949, sendo 607.763 mulheres e 608.770 homens. Isso significa que 49% deste mercado é dominado por profissionais do gênero feminino, uma estatística bastante positiva.

Apesar deste destaque na profissão, as mulheres ainda conseguem fazer uma mistura de carreiras e seguem sua vida multi-tarefa. Esse é o caso da advogada Maria Inês Vasconcelos. Ela possuiu um escritório com advogados associados, é escritora, professora e mãe, mesmo com tantas responsabilidades, a profissional consegue exercer tudo com mestria. Conversamos com a advogada que contou um pouco da sua rotina e história. Confira:

Conte um pouco sua trajetória. Por que escolheu o direito?
O direito é uma área que me possibilitou conversar muito com os outros saberes. Eu queria escutar algo que me possibilitasse conversar com a filosofia e a história. Sobretudo queria estudar algo que estivesse ligado diretamente ao relacionamento humano.  Eu adoro, gente!

Em relação aos desafios da profissão. Você sofreu algum preconceito na área por ser mulher?
Se já sofri preconceito na carreira? Claro que sim. Eu me lembro muito bem, de quando tinha 18 anos e disputava uma vaga para estagiário no Direito Criminal, e mesmo tendo as melhores notas, acabei preterido por um menino. Eles queriam um homem para aquela vaga, então a questão do gênero já estava lá. Outras vezes percebo preconceito existe, sendo somente camuflado, pela falsa ideia de que lugar de mulher é onde ela quiser. Se a mulher realmente quiser estar onde ela quer, tem que lutar muito, sobretudo pelos mesmos acessos que os homens. A questão não é ficar nesse lugar engessado de Investigação do machismo. Ele existe sempre existiu, tem origem antropológica. A questão toda é que nós, temos pela lei, direito a ter as mesmas oportunidades. Não falo em jogo ganho, mas em poder disputar certos partidos

Em relação aos livros. Quando surgiu a ideia de ser escritora?
A ideia de escrever sempre existiu. Eu escrevo desde que aprendi a escrever. Tenho vários livros dentro de mim, e venho pondo pra fora, dentro do tempo que eu tenho. Trabalho num romance já há dois anos, mas este fica sempre de lado, perdendo espaço para os livros científicos. Tive que escrever na minha área de atuação, reforçar através dos livros aquilo que eu via, sobretudo demonstrar as minhas pesquisas.

Qual o segredo para conciliar a carreira profissional e ser mãe?
Eu nunca tive dificuldade conciliar Carreira materna e Maternidade. Os filhos saltam com a gente, quando a gente pula. Filho gosta de mãe que trabalha fora, mãe que sabe das coisas, mãe que estuda, mãe que traz dinheiro pra casa. Eles se sentem seguros tendo uma mãe forte. E na ideia deles, mãe forte trabalhar é realizada profissionalmente. Os meus sempre facilitaram a minha vida profissional. Desde pequenos estavam acostumados a me ver na frente do computador com um monte de livros do lado. São meus parceiros de percurso. Mas confesso ter uma estrutura muito boa e uma retaguarda composta.

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