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6 de março de 2020Foto: Adobe Stock
Nos últimos 20 anos, a participação das mulheres na vida econômica brasileira aumentou consideravelmente. Foi-se o tempo em que o tema era associado apenas ao gênero masculino. Cada vez mais elas buscam empreender, pois a maioria almeja uma atividade rentável que possa ser construída de forma autônoma e independente. Um relatório divulgado, recentemente, pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), aponta que em 2017 e 2018, a proporção de mulheres empreendedoras que são “chefes de domicílio” passou de 38% para 45%.
“A cada ano vemos uma mudança social e cultural nesse mercado, com papel de destaque para as mulheres. Atualmente, o público feminino é mais expressivo do que o masculino, quando o assunto é a abertura de novos empreendimentos”, ressalta a superintendente da Unicred Central Multirregional, Ana Carolina Ramos. Os dados apontam que o empreendedorismo tem despertado mais interesse das mulheres. A proporção de “Empreendedores Novos” – os que têm um negócio com menos de 3,5 anos – é maior entre elas: 15,4% contra 12,6% de homens.
O estudo constatou ainda que as representantes do sexo feminino empreendem movidas principalmente pela necessidade adquirir independência financeira. Elas são maioria nos setores de comércio (52,95%), indústria (65,20%) e serviços (55%). “As mulheres entraram com força no mundo financeiro. Esse movimento, em parte, é devido ao surgimento de cursos de educação financeira voltados exclusivamente para esse público”, comenta. Para ela, o aumento do número de mulheres dentro das unidades financeiras também acaba atraindo mais cooperadas para esse setor, “pois gera identificação e confiança”, avalia.
O número de mulheres dentro de instituições financeiras também tem crescido, apesar de ainda ser de forma tímida. Atualmente, cerca de 40% dos cargos de dentro das unidades de negócios no Brasil são ocupados por mulheres. Na Unicred Central Multirregional esse número é mais expressivo, chegando a 60%. “Temos também um número significativo de cooperadas do sexo feminino. Hoje elas representam 50% das contas ativas dentro da nossa área de atuação”, acrescenta Ana Carolina.