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7 de setembro de 2021A Ginástica Rítmica do Brasil se despede, neste domingo (5), de uma das estrelas mais brilhantes da modalidade: Natália Azevedo Gaudio, que decidiu encerrar sua inspiradora carreira, aos 28 anos de idade.
Dedicada, talentosa, aguerrida, essa ginasta capixaba teve uma trajetória de sonho, e que certamente inspira as jovens atletas de todo o País: em 2016, conquistou a vaga olímpica, e deu fim a um hiato de 24 anos, ao longo dos quais o Brasil não teve representante nas disputas individuais olímpicas de GR.
A lista de feitos esportivos de Natália é longa: em 2018, tornou-se a primeira brasileira a ser finalista em uma etapa da Copa do Mundo, e ainda ficou muito perto do pódio, ao obter a quarta colocação na fita, na cidade portuguesa de Portimão. Ela ainda foi hexacampeã brasileira, heptacampeã sul-americana, e obteve o bronze no individual geral nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019.
Exemplo dentro e fora das quadras, Natália conseguiu se formar em Direito e iniciou uma carreira de empresária, além de ser presidente da Comissão de Atletas, junto à CBG. A Confederação Brasileira de Ginástica agradece a Natália Gáudio por tanta dedicação ao longo de mais de 20 anos devotados ao esporte.
A CBG homenageou também Monika Queiroz, treinadora de Natália ao longo de toda a sua carreira, e de outras inúmeras estrelas. Até hoje, é a única treinadora brasileira que participou dos Jogos Olímpicos liderando um conjunto e uma ginasta individual. Ao longo de sua carreira, com mais de 40 anos de dedicação ao esporte, construiu uma Escola de Campeãs (seu clube em Vitória) nas quadras e na vida.
Neste domingo, Natália fechou sua vitoriosa carreira com a conquista da medalha de ouro na fita no Campeonato Brasileiro Loterias Caixa, em Aracaju. A final desse aparelho foi o último evento da competição. A ginasta de Vitória conseguiu a nota 19.400. Viviane Miranda, da FAE Osasco (16.450), ficou com a prata, seguida por Andressa Jardim, do Grêmio Náutico União (16.200).
Como era de se esperar, Natália ficou muito emocionada com a bela homenagem que lhe foi feita. No centro da quadra, ao lado da Presidente da CBG, Luciene Resende, o Coordenador Geral da Confederação, Henrique Motta, leu um texto que enalteceu a ginasta, com todas as competidoras sentadas ao redor. No final, Natália recebeu a bandeira da entidade das mãos da Presidente.
“Vai começar um novo capítulo do seriado da minha vida, no qual a ginástica vai continuar tendo um papel fundamental. Tudo o que a gente traçou a gente alcançou. Lógico que estávamos batalhando pela vaga olímpica, mas fiquei muito feliz com a vitória da Rut (Rut Castillo, ginasta mexicana que conquistou classificação para Tóquio-2020 no Pan-Americano do Rio). Ela foi referência para mim e para muita gente, e mereceu essa vaga. Fui uma vez para a Olimpíada. Ir para a segunda seria um extra, mas já estou completamente realizada. Quero agradecer a cada pessoinha que está aqui. A gente não saberia dar valor às coisas boas se não fossem as ruins. Cada vez que cheguei ao fundo do poço, consegui superar e voltei mais forte. Agradeço a todos pela torcida e pelo carinho”, disse Natália.