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Nossas Montanhas

Nossas Montanhas

Como um gigante deitado
Em sono de rei majestoso,
De um verde nunca igualado…
Ferro, torrão montanhoso.

Deslumbra-me toda manhã
Tua beleza sem par
Serra amiga, serra irmã,
Serra sem praia e sem mar.

Verde, que ora cinza prata…
Graciosa moça mineira,
Tua elegância retrata,
A singela altaneira.

À noite, és chumbo, és negrume!
Mística Serra do Curral.
Que eleva ao teu alto cume,
A prece de uma capital.

Peço a Deus que nos protejas
Do vento, da tempestade.
O oxigênio despejas
Na poluição da cidade.

Belo Horizonte nos apontas,
A nós que a teus pés vamos ter.
Belo Horizonte despontas,
Selva de pedra a crescer.

Mirante de nossa história,
Viu nascer Curral Del Rei.
Agora no auge da glória,
Tua aurora cantarei.

Mineiros errantes nativos,
Forasteiros, imigrantes,
A teus pés vivem cativos
De tua formosura, amantes.

Quando cansados da lida
Que lá embaixo traz a vida,
No colo de sua mãe serra,
Descansa a gente da terra.

Sobem a ti, ver o pôr do sol,
Que é mais bonito daqui
E a lua como um farol,
Nasce mais bela para ti.

Lá embaixo, lutas tamanhas…
Depois que a lua escurece,
Velada por suas montanhas,
Toda cidade adormece.

Belo Horizonte então sonha,
Como a criança em seu berço.
Desperta sempre risonha,
Todo dia é recomeço.

 

A autora é Ana Márcia Cunha Campos, Poetiza e artista plástica

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