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18 de dezembro de 2018A exposição “Paisagens que aprendi de cor”, com curadoria de Júlio Martins, tomou os eixos da “paisagem” e da “cor” para selecionar dez telas do Inimá de Paula que trazem um panorama de diferentes momentos do pintor. Para dialogar com estes quadros, foram convidados dez artistas contemporâneos cujos trabalhos também partilham o olhar sobre estes elementos. Entre eles estão André Hauck, Victor Galvão, Desali, Fábio Baroli, Felipe Góes, João Castilho, Pedro David, Stéphane Vigny, Rosana Ricalde, Rafael Zavagli. A entrada da mostra é gratuita e ela estará aberta a partir do dia 20 de dezembro, no Museu Inimá de Paula.
Entre as obras de Inimá escolhidas, “O Casarão Vermelho”, de 1967; “Jardim da Vila”, déc. 1970 e “O Sol do meio-dia”, de 1983 são bastante representativas do tratamento cromático dado às paisagens, construídas pelo autor com massas generosas de tinta, em linhas e cores expressivas, em três décadas diferentes. Enquanto “Paisagem do interior mineiro – Derrubada”, de 1955 e “Favela”, de 1968 são testemunhos de uma posição crítica do artista frente a questões políticas brasileiras.
Já o quadro “Paisagem Cubista”, déc. 1950, bastante experimental, apresenta um híbrido entre figuração e abstração em que o artista organiza os elementos como num horizonte, de forma lúdica e atípica em sua produção. “Os Arrozais do Japão”, de 1974, traz a presença de um cenário estrangeiro, enfatizando a influência da cultura japonesa na vida e obra do artista. “A partir daí passamos a operar com uma noção ampliada de “paisagem” e “cor” para selecionarmos, por exemplo, um quadro da fase abstrata do pintor, “Tachismo”, de 1962.
Ainda que se negue aqui qualquer referência à figuração, nos interessou ler esta imagem em sua horizontalidade como uma cena gestual”, enfatiza o curador. A exposição conta ainda com o paisagismo presente nas obras “Marinha com Lagostas”, de 1968, e na “Composição com cajus”, 1976, que se vale tanto dos aprendizados com Cézanne e Matisse, como adere à tradição um elemento tipicamente brasileiro, no caso o caju do Ceará.