ARTIGO EXPLICA ODONTOLOGIA CONTRA BRUXISMO
19 de julho de 2016ROTATIVO FICOU MAIS CARO EM BELO HORIZONTE
19 de julho de 2016Notícia ruim para nosso sistema público municipal de saúde. A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte (SMSA) anunciou um corte de até 30% no número de cirurgias eletivas ofertadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão poderá afetar até 26 mil pessoas que aguardam na fila de espera.
Segundo esclarecimento da SMSA, a redução deste tipo de atendimento na capital ocorre devido o fim da pactuação entre a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), que por um ano foi a principal responsável pela realização destas cirurgias. Entretanto, este acordo tinha prazo definido para ser encerrado, que seria o dia 30 de junho deste ano
Devido o corte, os números de cirurgias poderão cair bastante. No Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) serão cerca de 500 cirurgias eletivas a menos por ano. No Instituto Mário Penna, serão menos 312. Na Santa Casa de Misericórdia, a queda será de quase 600. A medida não afeta só esses três hospitais.
Porfírio Andrade, superintendente da Santa Casa, afirmou que o hospital tem estrutura para fazer o dobro de cirurgias que realiza atualmente. “Nós nos organizamos a partir de uma demanda do governo que parecias ser uma demanda organizada, preparamos leitos, treinamos pessoal, equipe médica, preparamos pós-operatório para receber os pacientes e agora se propõe uma redução no teto, estabelecendo limites para esta cirurgias. Ou seja, esta estrutura que nós montamos fica ociosa, fica maior, gera custo, ela vai nos obrigar a fechamento de leitos, demissão de funcionários e readequação para essa nova realidade”, disse.
Em nota, o Instituto Mário Penna informou que a medida da SMSA deverá aumentar a espera pelas cirurgias eletivas não oncológicas. Já o Hospital das Clínicas informou que não haverá restrição no atendimento, porém haverá aumento no tempo de espera na fila. A SES-MG informou que a responsabilidade do custeio das cirurgias é de cunho do Governo Federal. O Ministério da Saúde informou que já recompôs R$ 5,6 bilhões, anteriormente cortados, para garantir os procedimentos, até dezembro deste ano.
Os procedimentos eletivos são aqueles que não são considerados urgentes e o paciente pode aguardar para ser atendido. Alguns exemplos são cirurgias de varizes, de vesícula, oftalmológicas e plásticas reconstrutoras.